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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Algoso: Estação de compostagem aproveita resíduos dos eucaliptos para adubar os solos

 Na manhã de sexta-feira, dia 15 de dezembro, vai ser apresentada em Algoso, a Estação de Compostagem, uma iniciativa da Palombar que visa aproveitar e decompor os resíduos florestais dos eucaliptos existentes na localidade, para posterior adubagem dos solos empobrecidos e a plantação de árvores autóctones, como os sobreiros e as azinheiras.


De acordo com o engenheiro florestal, Rui Dias, da Palombar – Conservação da Natureza e Património Rural, a sessão de informação denominada “Estação de Compostagem de base local de Algoso” vai decorrer no salão da junta de freguesia, entre as 9h30 e as 12h30 e é dirigida aos agricultores, criadores de gado, produtores florestais e à comunidade rural em geral.

“Esta iniciativa está inserida no projeto UP4REHAB – Unidade de Paisagem para o Restauro de Habitats de Algoso, que visa a reconversão e restauro ecológico de eucaliptais em sobreirais e azinhais. No terreno, já estamos a aproveitar os resíduos provenientes do corte de mato resultantes da prevenção de incêndios florestais e de restos de eucaliptos, que conjuntamente com estrume de burro, palha e restos hortícolas produzem um composto orgânico, que depois vai ser integrado nos solos”, explicou.

Atente-se que a compostagem é o processo natural, que consiste na decomposição biológica de resíduos orgânicos, do qual resulta um produto (composto) usado como adubo.

Sobre este processo e o tempo que a matéria orgânica demora a transformar-se em fertilizante, o engenheiro florestal, Rui Dias, adiantou que o ciclo depende de fatores como a humidade e a temperatura nas pilhas de decomposição.

“Consoante a temperatura e a humidade das pilhas onde se depositam os resíduos, pode demorar entre 4 a 6 meses para obtermos um composto ou fertilizante de qualidade. Com resíduos lenhosos o processo de decomposição é mais longo”, indicou.

Segundo a Palombar, outro objetivo desta iniciativa é capacitar os agentes rurais locais – agricultores, produtores florestais e criadores de gado – na produção do seu próprio fertilizante natural, ao mesmo tempo que se incentiva a redução do uso de fertilizantes sintéticos, permitindo assim diminuir as despesas e proteger a biodiversidade ambiental.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, informou que no dia 13 de dezembro, já se havia realizado em Algoso, uma outra sessão dedicada às “Estratégias de Combate à Desertificação”, durante a qual foi enfatizada a importância de cuidar melhor dos solos.

“Com estas duas sessões, pretendemos abordar a importância dos solos, sobretudo na nossa região, onde nem sempre implementamos as melhores práticas de gestão e por isso, os solos perdem a fertilidade e a capacidade produtiva. Entre as estratégias para cuidar melhor dos solos, recomenda-se as lavras mínimas e o fazer sementeiras de cobertura dos solos”, disse.

Sobre a iniciativa da estação de compostagem em Algoso, a autarca adiantou que os trabalhos de substituição dos eucaliptais por árvores autóctones, como os sobreiros e as azinheiras, estão a decorrer a bom ritmo.

As duas sessões de informação são ministradas pela associação Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, que tem como parceiros a AEPGA, o IPB, o Biopolis e conta com os apoios da freguesia de Algoso e do município de Vimioso.

HA

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