Há cada vez menos agricultores a dedicarem-se à produção de cereal no distrito de Bragança, sobretudo, para a transformação em farinha. O problema tem tendência para agravar-se.
A ADRINT - Associação de Desenvolvimento Rural e Integrado do Nordeste Transmontano, sediada em Miranda do Douro, registou este ano “um decréscimo bastante grande” na entrega de candidaturas para a produção de cereal, cujos prazos do pedido único terminaram na terça-feira.
A APITAD-Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes, radicada em Mirandela, não recebeu nenhuma. “Temos alguns produtores que ainda mantém, em algumas áreas, mas o decréscimo foi muito grande”, explicou Carina Moreno, presidente da ADRINT, vincando que atualmente a maioria dos que produzem cereal fazem-no com o objetivo de alimentar o gado. “Temos meia dúzia de produtores que ainda vendem o grão para farinha. Vendem a duas empresas locais nessa perspetiva, para além da produção de palha. A produzir cereal, com rendimento desta cultura, teremos uma dúzia no concelho de Miranda do Douro. Também em Mogadouro já há poucos. As pessoas têm deixado esta cultura virando-se para outras como o amendoal e a vinha, tornado o Planalto Mirandês bem diferente do que era no passado”, admite Carina Moreno. Muitos hectares foram ocupados por centrais fotovoltaicas.
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