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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Circ’ Bô – o primeiro festival de circo contemporâneo em Vilares da Vilariça, Alfândega da Fé

 A aldeia de Vilares da Vilariça, no concelho de Alfândega da Fé, vai receber um festival de circo contemporâneo em estreia absoluta, que se intitula Circ’ Bô, de 23 a 25 de Agosto. O festival é o primeiro a nascer pelas terras do interior. O maior objetivo desta iniciativa que ganha força da expressão transmontana é: atrair pessoas a fixar-se para este território.


Quem o diz é Filipe Jeremias, um dos três cofundadores da Associação Inteligência Local – Associação para a Regeneração, Desenvolvimento e Governança das Economias Local.

A meta diz o organizador é conseguirem alcançar cerca de uma centena de pessoas, até 2023 e tem a expectativa de 1500 visitas por dia, durante o festival:

“Conectar estas pessoas, atrair pessoas a este território, promover atividade económica local da própria aldeia e ao mesmo tempo que tem aqui uma forte componente ligada à sustentabilidade. Ou seja, o festival também pretende vir a ser uma espécie de laboratório de impacte ambiental. No fundo é tentar perceber como se conseguem criar eventos desta natureza, que inevitavelmente que criam um impacto negativo na própria comunidade porque quer queremos ou não, estamos a falar aqui de uma previsão de atrair 1500 pessoas, por dia, a esta aldeia. Estamos a falar de multiplicar por 10, nestes três dia da população da aldeia”.

Um dos objetivos ainda maior é ser um Laboratório de Impacto Ambiental, dotando a aldeia de condições para acolher os visitantes, mas sempre com a natureza, e o meio ambiente em mente. Um das ações será a criação de cerca de 50 casas de banho secas, como explica o organizador do Circ’Bô e diretor da iLocal.

“Nós estamos a falar de uma aldeia, como tantas outras, não têm as condições para receber este tipo de evento. E o que nós estamos a fazer é criar estas condições. Para nós é muito importante o desenvolvimento juntamente com as pessoas de oficinas de ação participativa. Como por exemplo, aquilo que nós propomos, é a construção de 40 a 50 casas de banho secas, ou seja, o produto que dali sai terá um impacto direto nas questões da fertilização.”

Outra será a criação de um biodisgestor comunitário dos resíduos resultantes da Praça da Alimentação:

“Estamos a criar uma praça da alimentação para podermos dar as condições para que os participantes tomem as suas refeições e aquilo que está previsto e planeado realizar é a construção de um biodigestor comunitário. A intenção é acolher tudo o que são resíduos alimentares desta praça da alimentação. Serão resíduos que não vão literamente para o lixo, mas vamos utilizar esses resíduos, para aquilo que é a produção de bio gás, que depois nos vai dar bioenergia para ser aplicado a um conjunto de outras iniciativas que estamos a prever. É nesta lógica de laboratório de impacto ambiental que nos estamos a falar. Porque muitos estes eventos acontecem em territórios que não estão preparados, mas a questão dos resíduos é uma realidade. E muitas vezes a pegada ecológica que se deixa nestes territórios é mais negativa do que positiva.”

Para além de outra forma de mostrar o melhor do circo dos dias de hoje, o festival vai contar com atividades paralelas como performances, oficinas, sessões de culinária, de dança, música, yoga, círculo de conversas, caminhadas na natureza, e ainda com a Barragem da Burga ali tão perto. Para além de Vilares da Vilariça, no concelho de Alfandega da Fé, a mostra de circo contemporâneo ocorrerá também em municípios vizinhos, como Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo e Mogadouro. O festival Circo Bô é uma parceria entre a iLocal e o INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, com o apoio do Turismo de Portugal.

Escrito por ONDA LIVRE

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