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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Miranda do Douro: Freguesia de Paradela propôs a Rota do Contrabando

 No dia 26 de junho, a cidade de Miranda do Douro foi o local de uma jornada de trabalho, entre várias instituições portuguesas e espanholas, com o objetivo de propor novas rotas turísticas no Parque Natural do Douro Internacional, tendo sido proposta a rota do Contrabando, em Paradela.


O encontro decorreu nas instalações do pavilhão multiusos, em Miranda do Douro e na sessão de acolhimento, a presidente de município, Helena Barril destacou o caráter transfronteiriço e colaborativo da iniciativa.

“Faço votos de que deste trabalho conjunto entre portugueses e espanhóis, nasçam propostas inovadoras que constituam uma mais valia para valorização de todo o território duriense”, expressou a autarca de Miranda do Douro.

Entre os participantes na jornada de trabalho marcou presença a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), representada pelo secretário, engenheiro Rui Caseiro, que salientou que as rotas podem contribuir para o desenvolvimento económico local.

“A promoção de uma rota implica uma estratégia de comunicação, que dê a conhecer alguns dos seus atrativos, como a degustação dos produtos locais ou experiências para os visitantes com atividades na agricultura, na pecuária, no artesanato, assim como a participação em feiras temáticas e a realização de passeios pedestres para conhecer a fauna e a flora do território.”, explicou.

Outro participante, o presidente da União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, mostrou-se otimista quanto à consolidação da rota do Contrabando na área natural da freguesia, dado que já estão identificados vários locais e caminhos outrora percorridos pelos contrabandistas.

“Estamos a trabalhar na divulgação deste património histórico, natural e cultural que foi a atividade do contrabando na localidade de Paradela e na vizinha Espanha. Para tal, já realizámos duas edições do Trail do Contrabando do Café, que foram um verdadeiro sucesso pela grande participação de atletas e pelo entusiástico envolvimento da população local”, disse.

Segundo o jovem autarca, a promoção da Rota do Contrabando em Paradela, depende também da iniciativa privada local, sendo necessário oferecer aos visitantes e turistas, outras atrações como por exemplo, a estadia em alojamentos turísticos ou a venda de produtos locais.

É o que já acontece por exemplo, em Vila Chã da Braciosa, no empreendimento turístico “Casa da Augusta”, onde os visitantes e turistas podem, por exemplo, degustar a gastronomia local, aprender a cultivar a horta ou tratar dos animais da quinta como os burros, os patos e as galinhas.

Glória Fidalgo, a proprietária desta casa de Turismo Rural alertou, no entanto, que o potencial das rotas e percursos pedestres existentes no concelho de Miranda do Douro ainda está subaproveitado.

“Os circuitos dos percursos pedestres exigem uma constante limpeza e manutenção, para que as placas e a sinalética sejam facilmente visíveis. Para além disso, as rotas e os percursos homologados no concelho, ainda não têm informação física ou digital para transmitir aos turistas e visitantes”, criticou.

Na perspectiva desta empresária, os territórios de baixa densidade populacional mas com um valioso património natural e cultural, como é o concelho de Miranda do Douro, as rotas e os percursos pedestres podem ser “âncoras” para a atração de turistas, não só na primavera/verão, mas ao longo do ano.

“Os turistas que apreciam o planalto mirandês e o Parque Natural do Douro Internacional são aqueles que procuram o chamado “slow travel”, isto é, procuram aproveitar a tranquilidade do campo e querem conhecer a fundo este território durante vários dias”, disse.

Recorde-se que o concelho de Miranda do Douro integra a Grande Rota do Douro Internacional e do Douro Vinhateiro GR36, com uma extensão total de 176,40 quilómetros que atravessa os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.

Na jornada de trabalho transfronteiriça, em Miranda do Douro, participaram ainda representantes da associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), do Centro de Música Tradicional Sons da Terra, da empresa Douro Pula Canhada e da Estação Biológica Internacional do rio Douro.

Do lado espanhol, projeto participativo envolveu a Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro, a Fundação Santa Maria la Real, o cluster Hábitat Eficiente AEICE, do vice-reitorado de investigação da Universidade de Salamanca e a Câmara Municipal de Zamora.

A iniciativa insere-se no programa europeu Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027.

HA

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