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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ministério Público pede condenação de autarca da Câmara de Macedo de Cavaleiros

O Ministério Público pediu hoje a condenação, mas com pena suspensa, do presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros acusado do crime de prevaricação no licenciamento de uma moradia conhecida como "Curriça de Luxo".
O crime é punido com pena de dois a oito anos de prisão e o procurador José Coelho pediu, nas alegações finais, que a sentença "não se afaste muito dos limites mínimos, dois anos de prisão, e suspenda a sua execução".
No processo responde também o dono da construção em causa, José Espírito Santo, para quem o procurador pediu uma pena que "pode ser de multa", pelo crime de falsificação de documento.
O Ministério Público alegou que o arguido Espírito Santo usou documentos legais para conseguir uma autorização para um armazém agrícola com a pretensão de construir, como fez, uma moradia, numa zona com condicionantes, e que o arguido Duarte Moreno "tinha conhecimento da intenção, tinha o dever de agir e não agiu para favorecer" o outro arguido.
Duarte Moreno era à altura dos factos, em 2007, vice-presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, com o pelouro do Licenciamento Urbanístico e assumiu a presidência do município depois das últimas Autárquicas.
"Um presidente de Câmara que não age como deve agir é algo que põe em causa a Democracia e os titulares dos cargos públicos em geral", considerou o Ministério Público.
O procurador defendeu que a autarquia devia ter ordenado a demolição da piscina construída no local e tomado posse administrativa da "bela moradia" edificada que está a ser habitada ilegalmente, por não ter licença de habitação.
O advogado do autarca, Carlos Moura Alves, alegou que o seu cliente apenas "assinou" uma decisão técnica e que o responsável por essa decisão foi "quem a preparou".
"Tem responsabilidade política, sem dúvida, mas não queremos acreditar que tenha responsabilidade criminal", enfatizou.
O advogado pediu a absolvição e vincou que "não houve qualquer intenção" de Duarte Moreno de "conduzir o processo contra direito em benefício deste cidadão".
A defesa do outro arguido começou por alegar que o processo da "Curriça de Luxo" "embrulhou-se resultado da "incompetência e facilitismo da Câmara" que devia ter indeferido logo no início o pedido de licenciamento de um pavilhão agrícola quando os pareceres foram conseguidos para um armazém de agroturismo".
O advogado Osvaldo Santos Costa disse ao tribunal que o cliente "tinha um sonho" de construir uma moradia e perante os obstáculos que foram surgindo procurou caminhos alternativos.
A defesa rejeita que tenha havido falsificação neste caso, "talvez alguma leviandade e impreparação", sustentando que o cliente "precipitou-se" para justificar a construção da moradia antes de ter autorização, que ainda não conseguiu, para agroturismo com alojamento, o que lhe permitiria lá morar.
A construção no lugar da Corda, freguesia de Castelãos, está localizada na mancha contígua da Reserva Agrícola Nacional e incluída no perímetro de regra do Aproveitamento de Macedo de Cavaleiros.
A sentença ficou marcada para 18 de julho, às 14:00.
Paralelamente a este processo criminal está a correr também outro no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela em que o Ministério Público pede a nulidade de todos os atos e que o município transmontano reponha a situação original.

HFI // MSP
Lusa/fim

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