A Rede de Judiarias de Portugal, que tem como objectivo principal a valorização do património judaico e cristão-novo, aprovou o pedido de integração de oito municípios. Os responsáveis acreditam que a extensão do projecto é uma mais-valia para o turismo.
Segundo o secretário-geral da rede, Jorge Patrão, na reunião da Assembleia Geral realizada na Câmara Municipal de Castelo de Vide foi aprovada a integração dos municípios de Covilhã, Fundão, Torre de Moncorvo, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Idanha-a-Nova, Seia e Almeida.
A adesão do município de Almeida, no distrito da Guarda, foi acolhida com satisfação pelo presidente da Junta de Freguesia de Malhada Sorda, naquele concelho, que tem em curso o projecto de recuperação da antiga Sinagoga, para integrar o roteiro nacional de turismo judaico.
«O projecto está bem encaminhado. Falta só o lançamento do concurso público, que deverá ser lançado até ao final do ano», disse o autarca.
Segundo Jorge Matias, o edifício da antiga Sinagoga, que se encontra em ruínas, foi adquirido há cerca de dois anos pela Junta de Freguesia para ser recuperado para fins turísticos.
«O edifício onde terá funcionado a Esnoga (designação dada a uma Sinagoga pequena) de Malhada Sorda tem uma janela manuelina, um relógio de sol e um armário sagrado», contou.
A recuperação vai custar cerca de 100 mil euros e será apoiada pela Câmara Municipal de Almeida e pela Rede de Judiarias de Portugal.
A sua recuperação para fins turísticos «será uma mais-valia para a localidade de Malhada Sorda e também para o concelho de Almeida, visto que a Câmara Municipal também vai criar, em Vilar Formoso, um Memorial dedicado ao cônsul Aristides de Sousa Mendes e aos judeus e refugiados da II Guerra Mundial», disse.
O autarca reconhece que os projectos serão «dois pontos de grande interesse ao nível do concelho de Almeida» e que, por isso, valoriza a integração daquele município na Rede de Judiarias de Portugal.
«A adesão do município de Almeida à Rede de Judiarias será uma mais-valia para a divulgação do património judaico que tem uma presença bastante forte na nossa região», concluiu.
A Rede de Judiarias de Portugal, fundada em 2011, integra agora 28 municípios nacionais, cinco entidades regionais de turismo e as Comunidades Israelita de Lisboa e Judaica de Belmonte.
Municípios como Lisboa, Porto, Évora, Leiria, Guarda, Castelo Branco e Elvas também incorporam a associação.
Café Portugal/Lusa
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