A Organização espera que sejam cada vez mais os brigantinos a interessarem-se pela história da cidade
Bragança celebrou, na passada terça-feira, os 500 anos de atribuição do foral manuelino, associando-se assim a várias localidades do País que comemoram a atribuição deste documento pelo rei D. Manuel, no ano de 1514.
O Museu Abade Baçal, onde se encontram todos os forais transmontanos, fez parte da organização das comemorações. A directora, Ana Maria Afonso, explica que durante 25 anos, o rei D. Manuel percorreu Portugal a atribuir novos forais, de forma a adequar as regras de cada localidade à sua época. “Temos aqui patentes todos os forais de Trás-os-Montes, quer os originais, quer reprodução. É uma forma de os conhecerem”, frisa a responsável da instituição.
O presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, José Pires, salienta a importância de comemorar esta data. “ É algo que devemos comemorar, que nos lembra os tempos passados e que nos faz pensar nos tempos futuros. Neste momento temos uma parceria com o Museu Abade de Baçal com ateliers para mostrar às crianças o que são os forais, para que desde pequenos saibam o que é o foral”, destaca o autarca.
A organização espera que sejam cada vez mais os brigantinos a interessarem-se pela história da cidade. António Afonso, da Associação Bragança Histórica, lamenta que haja ainda pouca divulgação. Apesar de a atribuição do foral manuelino ter sido o tema da última edição da Festa da História, considera que o assunto passou despercebido à maioria dos visitantes porque não foi recriado da melhor forma. “Aquelas performances que apareceram aí, vindas de fora, importadas a peso de ouro, não foi, de maneira nenhuma, uma boa aposta. Nós temos gente em Bragança capaz de fazer melhor do que aquilo. O tema foi mal tratado e mal aproveitado, merecia muito mais”, considera António Afonso.
in:jornalnordeste.com
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