Um homem de 30 anos, de nacionalidade brasileira, foi agredido, em Mirandela, com murros, pontapés e até com cadeiras da esplanada de um bar, na zona envolvente ao santuário de Nossa Senhora do Amparo, próximo da unidade hoteleira onde estava hospedado.
O caso aconteceu, cerca das 02,00 horas da madrugada do passado domingo, quando, por razões ainda por apurar, a vítima, um piloto da empresa que está a operar no centro de meios aéreos da proteção civil, instalado no aeródromo Municipal local, terá sido agredido por um grupo de jovens que chamou a atenção de vários moradores daquela zona da cidade que já estavam a descansar. “Comecei a ouvir uma gritaria enorme e fui à janela ver o que se passava quando só já pude observar algumas pessoas a arrancar em carros a alta velocidade e um homem estendido no chão a esvair-se em sangue”, contou uma moradora que não se quis identificar com receio de represálias dos autores destas agressões.
Depois do alerta para o 112, foram acionados os bombeiros voluntários de Mirandela. “Recebemos a informação de uma agressão na via pública e quando chegamos ao local da ocorrência verificamos que se tratava de um homem que apresentava traumatismos graves na face e no crânio, tendo sido estabilizado e posteriormente transportado para a unidade hospitalar de Bragança”, revela o comandante em regime de substituição dos bombeiros de Mirandela, Luís Carlos Soares.
A PSP confirma apenas que “houve um cidadão que foi encontrado no solo e com ferimentos, sendo posteriormente transportado para o hospital”, avança o comandante distrital da PSP de Bragança.
Quanto ao que terá acontecido e se foram identificados suspeitos da autoria da agressão, José Carlos Neto remete esclarecimentos “assim que for oportuno”.
Ao que conseguimos apurar, o piloto brasileiro acabou por ser transferido do hospital de Bragança para o hospital de Santo António, no Porto.
No entanto, face aos graves ferimentos ao nível da face, acabou mesmo por ser transferido para a cidade de Viseu onde existe uma unidade hospitalar especializada em cirurgia maxilo-facial.
O piloto brasileiro está ainda em fase de estabilização para depois ser submetido a várias intervenções cirúrgicas, em conjunto com a reconstrução facial.
Apesar da gravidade do seu estado de saúde, não corre perigo de vida.
O Piloto integra a empresa que está a operar os dois aviões anfíbios de combate a incêndios florestais, que estão em permanência no Aeródromo Municipal de Mirandela, depois de terem sido deslocalizados do aeródromo de Vila Real, devido ao abatimento de parte da pista, em julho do ano passado, que ditou o encerramento, por tempo indeterminado, daquele aeródromo, devido a questões de segurança.
Em consequência deste encerramento, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil teve que reposicionar os dois aviões no aeródromo de Mirandela e para tal ser possível a autarquia teve de criar as condições necessárias para acolher toda a logística.
Jornalista: Fernando Pires
Sem comentários:
Enviar um comentário