Santiago Belaqua é o curador desta exposição e descreve aquilo que por lá pode ser encontrado:
“Pinturas e esculturas de arte sacra.
São vários os artistas que têm aqui peças expostas: uma de Macedo de Cavaleiros, outra de Bragança, cinco de Lisboa, quatro de Braga, e temos ainda um de Famalicão, do Porto, Esposende, São João da Madeira, um artista da Ucrânia, uma brasileira, um francês, todos retratistas de grande qualidade.”
Entre as obras destaca-se a escultura do artista Jack Ruela, que já recebeu um convite para que a peça, criada para a exposição, venha a ser colocada em uma catedral:
“Isso é um projeto para, eventualmente, fazer uma outra peça igual para um Sacrário de uma catedral. Foi-me feito esse convite que muito me honra.
É uma peça baseada numa custódia, na parte central, que só podia fazer com que a mensagem fosse mais diversificada e mais dilatada no que toca à interpretação da própria peça.
É Sagrado Coração sim, não é o de Jesus mas sim uma interpretação quase individual, porque todos nós temos coração, podemos pô-lo nas mãos e o espelho é exatamente para nos revermos e refletirmos sobre aquilo que podemos fazer de melhor, que é, ao fim ao cabo, o amor incondicional que podemos dar aos outros, o amor fraternal. “
Para a vice-presidente da autarquia e vereadora da cultura, Elsa Escobar, a vinda desta mostra coletiva acaba por ser uma forma de “internacionalizar o espaço”:
“É uma oportunidade de trazemos aqui obras de diversos artistas. É a primeira vez que temos uma coletiva de artistas vivos, não só de artistas portugueses mas também estrangeiros e, portanto, é uma forma, ainda que simples, de internacionalizar o nosso espaço.”
E contrariamente ao que era esperado devido à atual situação de pandemia, Elsa Escobar deixa saber que o número de visitantes ao Museu de Arte Sacra tem aumentado, e embora não haja limitação ao número de visitas, há regras a cumprir:
“Este verão tem sido muito bom, há inúmeras visitas, sabemos que a INATEL tem várias organizadas para outubro e novembro, vêm propositadamente ao museu, e tem sido muito bom porque perante o ano que estamos a viver, perante aquilo que seria expectável, o número de visitantes tem aumentado.
Não há limitações ao número de visitas, há sim algumas regras que têm de ser cumpridas. Pessoas que não venham juntas, que não sejam da mesma família ou grupo, só podemos ter duas pessoas em cada sala, simultaneamente. Claro que depois quando vêm grupos organizados, que já vieram nos mesmos autocarros, dividem-se para evitar aglomerados, tentando que esteja o menos número possível em cada sala de cada vez.”
A exposição “Entre a Terra e o Céu” pode ser visitada no Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros até 27 de novembro.
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