Os proprietários dos cafés e restaurantes queixam-se das quebras de venda devido à pandemia e apontam que a situação vai agravar-se com as medidas restritivas. A partir de hoje, nos concelhos que entram em confinamento parcial, estes estabelecimentos têm que fechar às 22h30. Rosa da Veiga, proprietária de um restaurante em Bragança, diz não concordar com estas regras e conta que tem sido difícil manter o negócio aberto. “Tem pouco sentido, porque quem vai jantar fora prefere estar um bocado relaxada e ir jantar fora para continuar a olhar para o relógio tem pouca piada. Acho que as pessoas não vão sair de casa. Na semana passada houve pouco movimento ou quase nenhum”, refere.
Rosa da Veiga é também proprietária de uma confeitaria e conta que, apesar das restrições, ainda tem tido algum movimento, mas as pessoas “ficam menos tempo”.
Magno Gonçalves é proprietário também de um café em Bragança e diz concordar com as restrições e que as quebras de venda vão ser ainda mais acentuadas. “Se é para bem de toda a população e de todo o cidadão acho bem. Já sabemos que tem sido uma miséria para o negócio, tem sido fraco, já as coisas não estavam bem, agora com certeza que vai diminuir um bocado”, afirma, explicando que teve quebras de 40 a 50% nos últimos meses.
Ao fim-de-semana os cafés ganham algum movimento depois das dez da noite. Com o encerramento às 22h30, André Guedes, proprietário de outro café, estima que vá ter agora quebras de quase três mil euros.
“A partir das 22h30, principalmente ao fim-de-semana, é quando se factura mais, vai ser ma diferença de menos 2 a 3 mil euros por mês. Funcionários ao mínimo dos mínimos e esperar que as pessoas se tentem adaptar à nova realidade”, afirmou.
Declarações de proprietários dos cafés e restaurantes que estimam que agora com a redução de horário vão sofrer quebras de facturação ainda maiores.
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