A decisão foi tomada na última reunião assembleia municipal. O ponto já tinha sido levado à sessão de Dezembro de 2019, mas o presidente acabou por retirar o ponto, para ser melhor analisado.
Agora voltou a fazer parte da ordem de trabalhos e foi aprovado.
Benjamim Rodrigues justifica que o investimento anual, que ronda os 10 mil e 500 euros, não trouxe qualquer retorno.
“Desde que estamos neste executivo, o que o Eixo Atlântico nos deu foi um défice de mais de 50 mil euros, investimento zero. Todos os anos nos pedem uma quota de 10 500 euros, que servem para alimentar um governo que tem um presidente espanhol”, afirmou.
A posição do presidente não agradou a alguns deputados.
O PSD solicitou até ao Secretário-geral da Associação de Municípios Eixo Atlântico, Xoán Mao, um esclarecimento sobre o ponto de situação de Macedo de Cavaleiros na associação. Na impossibilidade de estar presente na reunião, respondeu por escrito, resposta que foi lida pelo deputado David Martins perante a assembleia, revelando uma participação pouco activa do município de Macedo nas actividades da associação. O PSD ainda pediu que o ponto fosse novamente retirado, mas o pedido não foi aceite.
A deputada Maria José Moreno, do PSD, fala de uma “política de despromoção do concelho”.
“A política do executivo é de despromoção do concelho. Digo despromoção quando por si próprio, este executivo, pretende autoexcluir-se, sair da maior e melhor liga do Noroeste Peninsular”, sublinhou.
A deputada Jacinta Lopes, do CDS, realçou a importância de haver relações com os municípios espanhóis, como por exemplo para a pretensão que a câmara tem de ligar Macedo de Cavaleiros – Gudiña.
“Até ao ano 2017, mais ou menos, Macedo sempre foi muito participativo nas diversas reuniões do Eixo Atlântico, nas diferentes áreas de trabalho. A câmara municipal deixou de participar. Se não participamos e não temos iniciativa, é normal que não exista retorno”, disse.
A saída de Macedo de Cavaleiros da Associação Eixo Atlântico do Nordeste Peninsular foi aprovada por maioria pela assembleia municipal com 12 votos contra e 13 abstenções. Uma pretensão que existe já desde 2019.
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