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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Bagaço de azeitona é rico em carga orgânica mas não é aproveitado e constitui um problema ambiental

 O bagaço que resulta da extração do azeite é rico em carga orgânica mas não é aproveitado.


Ao invés disso, é despejado na natureza, constituindo um problema ambiental.

O alerta é deixado por Susana Araújo, coordenadora técnico-científica da área de Ambiente de Montanha e Gestão de Ecossistemas do Laboratório Colaborativo MORE – Montanhas de Investigação:

“O bagaço de azeitona acaba por ser um subproduto do azeite que tem uma elevada carga orgânica, mas é muito rico em substância como os polifenóis, que podem ter alguma toxicidade no ambiente.

Isto é um grande problema a nível do impacto ambiental, pelo que se torna necessário desenvolver novas soluções que nos permitam lidar com esta questão da valorização desse subproduto, que é a maior parte que se obtém da produção do azeite. Outra questão é também minimizar o problema ambiental associado a esta cadeia de produção.”

Soluções estas que têm vindo a ser estudadas pelo Laboratório Colaborativo MORE, no âmbito de vários projetos nacionais, no sentido de desenvolver produtos, processos e soluções que tragam valor aos subprodutos da fileira do azeite.

Dos muitos projetos em que o laboratório esteve envolvido, um foi a criação de um composto:

“Um dos mais interessantes que desenvolvemos foi estabelecer um processo de compostagem que permite que o bagaço de azeitona seja, de alguma forma, através de uma série de processos naturais, convertido num composto que pode atuar, quer como fertilizante, quer como condicionante das propriedades do solo.

O laboratório atuou ao nível da otimização e certificação deste processo.

Desenvolvemos um produto, resultante deste processo, o compólia, que é o composto derivado do bagaço de azeitona.

Uma das particularidades muito interessante deste composto é que, por exemplo, permite, na sua produção, a incorporação até 50% deste subproduto, que é nefasto.”

Outra das alternativas estudadas é a incorporação do bagaço de azeitona em rações para o alimentar a raça do porco bísaro:

“Neste caso o projeto visava trazer desenvolvimento de novas soluções para que o subproduto fosse valorizado através da sua inclusão nas formulações das rações para estes animais. Estamos a falar da raça bísaro, que é endógena da região, não é produzida em tanta quantidade como outras, e se alimentação trouxesse propriedades interessantes à carne destes suínos, se calhar poder-se-iam desenvolver alguns produtos diferenciadores.”

O Laboratório Colaborativo MORE está agora a identificar qual a melhor forma de implementar estas alternativas.

Escrito por ONDA LIVRE

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