A vila amuralhada de Carrazeda de Ansiães, que integra a "Rede de Monumentos do Vale do Douro", está a ser alvo de obras de requalificação, no valor de 160 mil euros, para melhorar as condições de visita.
O histórico monumento, que deu origem ao núcleo urbano que é hoje Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, faz parte dos roteiros turísticos da região duriense e a intervenção visa reabilitar estruturas existentes e criar novos equipamentos para os visitantes, segundo divulgou hoje a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN).
Os trabalhos são financiados pelo Programa Operacional Regional do Norte e consistem na limpeza e reposição de derrubes no interior das muralhas, conservação das ruínas, tratamento e colmatação dos arruamentos e colocação de sinalética e mobiliário urbano.
As obras decorrem com acompanhamento arqueológico e destinam-se também à reabilitação estrutural do torreão do lado direito da porta de acesso ao castelo, segundo a DRCN, entidade responsável pela conservação e gestão deste monumento histórico da região do Douro.
A vila amuralhada de Carrazeda de Ansiães é um monumento nacional que integra o projeto "Rede de Monumentos do Vale do Douro", idealizado para "construir um sistema de credenciação dos monumentos integrantes na rede, tendo em consideração o valor patrimonial, a importância científica, a conservação do monumento, a qualidade dos serviços de apoio ao visitante e os seus acessos, com vista a potenciar a atratividade turística dos monumentos e da região onde estão inseridos".
O antigo povoado terá sido abandonado em meados do século 18 depois de milhares de anos de ocupação e importância estratégica nesta região, segundo documentos históricos que indicam que a sua ocupação iniciou-se "há cinco mil anos".
O primeiro foral de Ansiães, datado de meados do século 11 e outorgado pelo rei leonês Fernando Magno, é um dos mais antigos do espaço geográfico que é hoje território português, de acordo com informação divulgada pela DRCN.
O valor histórico destas ruínas garantiu a inclusão nos percursos turísticos do Vale do Douro e na rede de monumentos que integra ainda o castelo de Miranda do Douro, a igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta, a igreja da misericórdia de Freixo de Espada à Cinta, a igreja matriz de Torre de Moncorvo, a igreja matriz de Vila Nova de Foz Côa, a vila amuralhada de Castelo Melhor, o sítio arqueológico de Castelo velho de Freixo de Numão, vila amuralhada de Numão e o sítio arqueológico de Castanheiro de Vento.
HFI.
Lusa
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