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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Aldeia de Mós - Caracterização

Cruzeiro
Mós de Rebordãos era, até há umas quantas décadas atrás, o nome completo desta pequena freguesia, encaixada na metade sul concelhia e distante uns treze quilómetros da capital concelhia.
Alongando-se em estreita tira no sentido norte-sul, o seu exíguo território é confrontado pelos das limítrofes e congéneres Rebordãos (a norte), Faílde (a nordeste), Pinela (a leste), Santa Comba de Rossas (a sul) e Sortes (a ocidente). O IP4 e a E.N. 15 partilharão entre si a tarefa da ligação rodoviária entre esta freguesia e a urbe capital concelhia.
Situada, uma vez mais, em área planáltica, Mós vai encontrar o seu território junto ao sopé da Serra de Nogueira, na sua vertente oriental. Uma teia de minúsculos cursos de água, subafluentes da margem esquerda do Sabor, corta e fertiliza este rincão, caracterizado topograficamente por um suave e doce ondulado.
Pese embora o facto de não surgirem aqui arroladas estações castrejas (pelo menos em publicações específicas), será de ter em conta a abundância dos registos de povoados da Idade do Ferro e Romanização em diversas freguesias circundantes, tais como Rebordãos (Mandreiros), Sortes (Marroninho), Pinela (Castelo de Pinela) e Faílde (Terronha, Fraga da Moura e Cabeço de Carocedo). Supor-se-á, assim, que este território – depois paroquial de Mós – conhecesse já a presença de comunidades fixas algures pelo dealbar dos tempos históricos.
A etimologia do topónimo e actual designação paroquial – “Mós” – não oferecerá por certos grandes dificuldades ou dúvidas em termos de interpretação das respectivas origens, sendo aliás extremamente frequente na toponímia nortenha.
No lugar de Paçó, conforme o indicará este testemunho toponímico, terá eventualmente existido outrora uma estrutura habitacional de cariz senhorial (do latim “palatium”). Contando 284 residentes (eram 451 pelos meados deste século), S. Pedro de Mós tem no sector primário o cerne de toda a organização económica local, onde debutará presentemente alguma indústria, ligada sobretudo à construção civil.
Excelente exemplar de arquitectura religiosa provincial setecentista é a Igreja Paroquial de Mós, de esbelta e harmoniosa traça ao gosto barroco. De razoáveis proporções, o templo apresenta uma cuidada frontaria, fortemente marcada pela presença de um amplo portal rectangular, finamente moldurado nas respectivas ombreiras, enquadrados por elementos verticais apilastrados; rematando uma arquitrave lisa, salienta-se então um frontão interrompido de caprichosas volutas.
Quanto ao respectivo orago, é de reter que, ainda pelos meados deste século, a “Grande Enciclopédia” o assinalava como sendo S. Nicolau (ao mesmo se dedicando uma festividade religiosa anual, durante o mês de Agosto.
Tendo sido, durante bastante tempo, um simples curato anexo à abadia de Rebordãos, passaria posteriormente a freguesia independente, com o título de reitoria.

in:cm-braganca.pt

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