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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aldeia de Rio de Onor - Caracterização

Ocupando a extremidade nordestina do concelho, o território desta freguesia é delimitado pela vizinha Espanha nos flancos norte e nascente, tendo as congéneres Aveleda e Deilão a confrontar do poente e sul, respectivamente. Duas dezenas e meia de quilómetros separam a capital concelhia de Rio de Onor, que lhe fica a nordeste, com acesso viário através das E.N. 218, 218-3 e 308.
Abrangendo uma área considerável, incluída no perímetro do Parque Natural de Montesinho, esta freguesia partilha o nome com o rio que a atravessa, no sentido norte-sul, tornando-se posteriormente tributário do Sabor. Com uma orografia montanhosa e planáltica, registando uma altitude média na ordem dos 750 metros (e máxima de 852, na extrema leste e junto à fronteira, parcialmente “riscada” ali por um outro curso de água – o Maçãs), Rio de Onor inclui porém um extenso trecho de vale, aberto, amplo e aprazível, banhado pelo Onor e protegido pelas imponentes Serras de Montesinho (a poente), Sanábria (a norte) e Guadramil (a nascente). É precisamente aí, junto à linha da fronteira setentrional, que assenta o povoado principal, bem conhecida pelas suas peculiaridades e sobrevivências de um ancestral comunitarismo agro-pastoril, a esbater-se já no decurso inexorável dos tempos.
Jorge Dias foi um seu apaixonado estudioso, legando-nos um valioso trabalho sobre a riquíssima e singular etnografia local. No lugar de Castro e já assinalado pelo incansável Abade de Baçal, registar-se-á a existência de um povoado fortificado da Idade do Ferro, assentando como sempre em um estratégico alto.
Conjuntamente com Guadramil, aldeia da raia oriental que dista uma dezena de quilómetros, a freguesia de Rio de Onor reunirá actualmente uma população orçada em 159 almas.
Com as suas típicas casas de xisto, de paredes escuras, sem reboco e de aparelho miúdo, as aldeias desta freguesia preservam um carácter arcaico e rústico, “casando” perfeitamente com a belíssima paisagem natural.
Rio de Onor é um caso emblemático, reforçado pela sua posição fronteiriça, com a homónima espanhola – Rihonor de Castilla – ali à distância de uns passos, separada apenas pelo rio (que não chega a ser obstáculo, pois é vencido por esplêndida ponte medieval de alvenaria e múltiplos arcos).
Não fugindo à tradição construtiva local, também a Igreja Paroquial, invocada a S. João Baptista, se apresenta desprovida de reboco, ostentando toda a sua tipicidade no aparelho miúdo e irregular, aqui ligado por argamassas. Na frontaria rasga-se apenas o vão em arco redondo da respectiva porta, o qual, conjuntamente com as cornijas e pináculos dos remates, surgem como únicos elementos arquitectónicos em cantaria. Lá no alto pontifica o inevitável campanário de dupla sineira.
Em Guadramil pode apreciar-se um outro modesto templo paroquial, merecendo também atenção o rústico edifício do lagar comunitário, testemunhado ancestral partilha de bens e tarefas.

in:cm-braganca.pt

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