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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aldeia de Quintela de Lampaças

Ocupando a ponta sudoeste do território concelhio, Quintela de Lampaças dista 29 quilómetros da urbe brigantina, ligando-se a esta através da E.N. 15 ou, em alternativa via IP 4.
Razoavelmente extenso, este território paroquial alonga-se no sentido norte-sul, abrangendo uma parcela planáltica de altitude média não muito elevada (cerca de 500 metros) e cortada por dois pequenos cursos de água tributários do Azibo (alguns quilómetros a sul aprisionado em extensa albufeira). Compreendendo os lugares de Bragada, Quintela e Veigas, esta freguesia englobaria actualmente umas três centenas de residentes (eram 822 pelos meados do século), entregando-se estes quase exclusivamente às actividades económicas do sector primário.
O determinativo “ de Lampaças” fará perdurar, na toponímia, uma remotíssima designação alusiva àquela antiga “terra”, de suposta origem alti-medieval (respeitante, segundo o articulista da “Grande Enciclopédia”, a um dos vários “pagi” incluídos na vastíssima diocese bracarence durante a época suévica).
Eloquente testemunho da influência civilizacional da romanidade é o notável monumento epigráfico recolhido em tempos em Quintela de Lampaças e actualmente à guarda do Museu Abade de Baçal.
Trata-se de uma inscrição funerária patenteada em estrela granítica ornada de frontão curvo e grande rosácea hexafoliada na parte superior, deixando entrever na inferior os característicos “arquinhos ultra-semicirculares” (no que se aproximará de uma presumível “oficina” oriunda de Castro de Avelãs). A epígrafe reza, em interpretação do Abade de Baçal: “Consagração ao Deuses Manes. Dedicada a Ania, filha de Prito, de 11 anos de idade”.
A documentação do séc. XIII assinalada, em área desta freguesia, diversas propriedades honradas entre elas as ditas de “Vilarinho” e de “Azeveiro”, propriedades de um D. Nuno (possivelmente o dito D. Nuno Martins “de Chacim” dos nobiliários), em tempo de D. Dinis.
A Igreja Matriz invocada a N. Sra. Da Assunção, é um templo razoavelmente amplo e de sóbria traça a um gosto tipicamente “braganção”: na bisonha frontaria abre-se apenas um singelo e liso pórtico em arco redondo (actualmente quase ultrapassado pelas dificuldades técnicas na sua execução), contrastando as mais ou menos robustas aduelas com o restante aparelho, miúdo e irregular (no xisto ou brecha local); ao alto, o invariável campanário de dupla sineira. Flanqueando este templo sobressai uma algo maltratada casa solarenga, de belas janelas molduradas a um gosto que se afigurará barroco e setecentista.
Ao centro do adro ergue-se ainda um rube e por certo arcaico exemplar de Cruzeiro, assente sobre embasamento quadrangular de quatro degraus. Mais há para ver no domínio patrimonial edificado, visitando as Igrejas de Veigas e Bragada, bem assim como a Capela de S. Miguel.

in:cm-braganca.pt

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