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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aldeia de Rebordãos - Caracterização

Freguesia razoavelmente extensa e de assinaláveis valores patrimoniais histórico arqueológico, Rebordãos encaixa junto à orla ocidental concelhia, distando uns nove quilómetros para sudeste da urbe brigantina (a E.N. 15, uma vez mais, providencia a ligação entre a freguesia e a cidade).
Alcançando um pouco mais de meio milhar de habitantes (514, segundo os censos de 1991),
Rebordãos afirma-se como importante pólo de produção agro-pecuária, valendo-se de algumas extensas parcelas de solos com aptidão para a cultura cerealífera. Implantada na vertente oriental e junto ao sopé da Serra da Nogueira (esta atingindo uma altitude máxima de 1379 metros junto à partilha desta freguesia com a vizinha Sortes), Rebordãos é riquíssima do ponto de vista paisagístico.
As gravuras rupestres inscritas num fraguedo do planalto da Sra. da Serra poderão indiciar a presença remota de populações, possivelmente já desde os finais do tempos pré históricos (como na vizinha Sortes). A tradição oral popular local prefere porém remetê-las para um contexto “cristianizado”: os petróglifos seriam assim as pretensas marcas de ferraduras da “burrinha que levou Nossa Senhora ao Egipto”.
A importante eminência topográfica dita de Mandreiros, onde em época medieval assentaria o Castelo de Rebordãos, terá servido de assento a um povoado fortificado castrejo da Idade do Ferro (e quiçá, já na sequência de anteriores ocupações do Calcolítico e Bronze). Já registado pelo proficiente Abade de Baçal, o arque-sítio mereceria registo por parte de numerosos outros investigadores de chamada cultura castreja.
O Castelo de Rebordãos fica a cerca de um par de quilómetros para norte da povoação daquele nome, ocupando com suas ruínas a parte superior da crista rochosa.
Tudo quanto resta da fortaleza medieval, classificada I.I.P. em 1955, são alguns tramos de muro executados com pedra miúda e argamassa, atingindo na sua maior altura cerca de três metros. O recinto assim muralhado ostentaria originalmente uma planta sub quadrangular, abarcando uma área algo reduzida.
É possível que a erecção do mesmo se fique a dever à acção de D. Sancho I, monarca que em 1208 concederia carta de foral à vila de Rebordãos. D. Dinis reformaria esse foral em 1285, passando o termo da povoação para a posse do seu filho bastardo D. João Afonso. Teimosamente erguido, contra a inclemência do tempo e da acção humana ao longo do século, persiste o rudimentar Pelourinho de Rebordãos, também ele classificado I.I.P em 1933.
Trata-se de uma estrutura em granito da região, composta pela tradicional base em degraus, suportando uma coluna de fuste octogonal e encabeçada por desproporcionada peça de formato cúbico.
A Igreja Matriz é um edifício de traça recente, flanqueada por desproporcionada e algo estranha torre e marcada por dois pequenos alpendres defendendo os pórticos principal e lateral. Parem além deste templo paroquial, existem na freguesia as Capelas de N. Sra. Da Serra (em Sarzedas, Meeiras com Sortes), de Santa Teresinha e de S. Sebastião.

in:cm-braganca.pt

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