"Cada projeto de jovem agricultor pode dispor até cerca de 20 mil euros a fundo perdido para a aquisição de animais para a sua exploração. Parecendo que não, é muito dinheiro e chega mesmo para comprar um rebanho", explicou Lusa Manuel Cardoso.
O responsável falava à margem do XIX Concurso Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, iniciativa que junto cerca de 105 animais oriundos de 15 explorações dos concelhos nordestinos de Miranda do Douro e Vimioso no mercado de gado de Malhadas.
"Esta novidade poderá trazer mais criadores e virá animar o setor, na medida em que a produção pecuária no QCA que findou não foi devidamente protegida, e daí que houvesse no Nordeste Transmontano uma grande diminuição de efetivo", acrescentou.
O responsável adiantou ainda que quando se fala em produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), como é caso do cordeiro mirandês, fala-se de um mercado que tem estado a aumentar o seu potencial económico e produtivo.
"Há uma grande procura dos produtos DOP, sendo uma mais-valia produzir raças como a churra mirandesa, já que é preciso manter a capacidade de abastecer os mercados com produtos de qualidade, e ao mesmo tempo vai ajudar à fixação de técnicos superiores formados na Universidade e Instituto Politécnico da região transmontana", frisou.
Manuel Cardoso é ainda da opinião de que tudo o que gira à volta da criação de pequenos ruminantes na região transmontana "são fatores de grande importância para territórios de baixa densidade populacional".
Estes produtos pecuários genuínos, considerou, começam a ter uma grande procura no mercado, devidos "às suas qualidades organoléticas e à frescura da sua carne".
O solar da churra galega mirandesa, uma raça autóctone ameaçada de extinção, está confinado aos concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro.
in:rba.pt
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