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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Cooperativa Mirandesa sente efeitos do embargo da Rússia

A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) está a sentir o impacto do embargo da Rússia aos produtos agropecuários ocidentais, país com o qual matinha relações comerciais, e para o qual exportava subprodutos de carne bovina mirandesa.

"Com o embargo da Rússia perdemos mercado naquele país, principalmente, em produtos ultracongeladas como dobradas, rins, coração ou mão de vaca que vendíamos para este mercado, tudo o que era produzido neste segmento ", disse hoje à Lusa o administrador da CAM, Nuno Paulo.

A CAM iniciou a exportação de carne de bovino de raça mirandesa para a Rússia, país que começou a dar "nota positiva" a esta raça autóctone do Nordeste Transmontano no início das transações comerciais, com cerca de 30 toneladas de produtos congelados.

"Desde a anexação da Crimeia e do conflito no Leste da Ucrânia que começamos a sentir quebras das exportações, já que havia encomendas fixas e estas ficaram de imediato bloqueadas. Os negócios começaram a correr mal no início do corrente ano, já que apenas fizemos uma venda em janeiro e pouco mais", acrescentou o responsável.

A informação foi avançada no decurso do Concurso Nacional de Raça Bovina Mirandesa que hoje termina em Miranda do Douro e que juntou mais de duas centenas de animais desta raça autóctone.

O responsável da cooperativa adiantou ainda que há encomendas feitas que não podem ser despachadas devido ao embargo em vigor.

Assim, os responsáveis pela CAM já anunciaram que vão começar a procurar outros mercados para os produtos que eram exportados para aquele mercado.

As exportações para a Rússia eram feitas através de uma plataforma comercial existente no Luxemburgo e o retorno estava-se a revelar "muito promissor", explicou Nuno Paulo.

Segundo o responsável, os russos estavam a "render-se" ao paladar desta carne produzida e embalada na região de Trás-os-Montes.

Outros do produtos comercializados para a Rússia, "por via indireta", eram as gorduras e os ossos das carcaças de animais de raça bovina mirandesa para a confeção de rações para animais.

Países como Angola ou o Dubai já fazem parte da lista de clientes da carne mirandesa.

No mercado europeu, a CAM já exporta de forma regular carne para países como a França.

O mercado francês já representa cerca de oito por cento das vendas de carne mirandesa da cooperativa, que atualmente comercializa mais de 2.500 carcaças por ano.

O Solar da Raça Mirandesa, que engloba os concelhos nordestinos de Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, dispõe de um efetivo pecuário de cerca de 4.000 vacas.

Espalhados por todo o país estão mais de 5.100 animais de raça bovina mirandesa, uma espécie autóctone protegida por denominação comunitária e que já esteve ameaçada de extinção.

Para satisfazer as necessidades do mercado externo será preciso aumentar o efetivo de animais e, para o efeito, é "importante incentivar os produtores a criarem mais animais", já que se trata de uma raça "com potencial de mercado", frisou o responsável da cooperativa.

Lusa

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