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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

D. Luís: exéquias em Bragança (1889)

Sobre as exéquias realizadas por morte de D. Pedro V, que ocorreu em 11 de novembro de 1861, não possuímos documentação que relate o que foi feito em Bragança. Restou, até ao momento, a carta que a Câmara de Bragança enviou ao novo monarca, e que testemunha o sentimento que o desaparecimento causou em todo o Reino.


Sobre o que Bragança organizou devido à morte de D. Luís possuímos mais informações. Na sessão da Câmara de 31 de outubro de 1889, foi apresentado um ofício vindo do Governo Civil do Distrito, no qual se comunicava que, por telegrama do mesmo dia 19 expedido pelo Presidente do Conselho de Ministros, foi participado que D. Luís tinha morrido às onze horas e cinco minutos. O vereador António de Sousa Pinto comunicou que o Presidente Manuel Maria de Morais Azevedo enviara, no dia 23 de outubro, a Suas Majestades os pêsames pela morte do Rei, em nome da Câmara de Bragança. Em seguida, foi lido um telegrama expedido pelo conde de Vila Nova de Cerveira, D. Pedro José de Nogueira e Brito (1817-1907), camarista de semana, em que a Família Real agradecia à Câmara os sentimentos enviados.
A 9 de novembro, a sessão camarária foi convocada para deliberarem sobre as medidas a adotar na celebração das exéquias sufragando a alma de D. Luís. A Câmara deliberou que se realizasse na Igreja de São Francisco as exéquias pela alma do Rei com a devida pompa e decência, destinando-se para o efeito os dias 19 ou 27 de novembro, sendo nomeada uma comissão composta pelo Presidente Manuel Maria de Morais Azevedo e pelos vereadores António de Sousa Pinto e José Manuel dos Santos Rodrigues para levar a efeito aquele ato. Na mesma reunião fixaram a verba máxima de 500$000 réis para despesas com o cerimonial. Votou contra esta decisão o vereador João António de Castro, declarando que assim o fazia por reconhecer que presentemente as forças financeiras do Município não permitiam semelhante despesa.

A Câmara de Bragança lamenta as mortes de D. Pedro V e do Infante D. Fernando, em 1861

Por um pagamento de 40$000 réis (28 de novembro de 1889) feito ao padre António dos Santos Ribeiro, pelas 
vozes e instrumental das exéquias celebradas por alma de D. Luís por conta da Câmara, ficamos a saber que aquelas tiveram lugar nos dias 26 e 27 de novembro.
Ainda associado à morte de D. Luís, a Câmara deliberou, na sessão de 26 de dezembro de 1889, dar o nome de D. Luís I à Rua da Costa Grande, segundo proposta do morador João Baptista Olímpio Ramires. No mesmo dia, foi dado o nome de Serpa Pinto à Rua da Costa Pequena.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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