Menos azeitona e com qualidade inferior ao ano transacto. Esta é a opinião de Luís Rodrigues, presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, que faz um balanço de mais uma campanha que está em vias de terminar e que este ano terá uma quebra a rondar os 30%. "Inicialmente a campanha seria idêntica à do ano passado mas os vendavais e chuvas, já a azeitona estava um bocado picada da mosca, obrigaram à queda do fruto e aquela que devia ser apanhada ficou lá porque ninguém a apanha do chão. A quebra deverá ser na ordem dos 30%, penso que vai ser a média da zona. No ano passado fizemos mais de seis milhões e este ano apenas quatro e pouco. É uma quebra significativa".
Além das condições meteorológicas adversas, há outros factores que têm vindo a desanimar os agricultores. Este ano, o preço da azeitona ronda apenas os 25 cêntimos por litro, o que tem vindo a gerar uma onda de descontentamento, considera Jorge Lopes, gestor do lagar Olimontes, em Macedo de Cavaleiros. "As pessoas, normalmente, estão mais preocupadas é com o preço da azeitona que propriamente com a qualidade. O preço da azeitona é sempre um incentivo grande para que a campanha decorra de uma forma mais fluída. Este ano, como o preço está bastante baixo, a campanha fica influenciada negativamente. O factor de negócio está fraco".
Franklim Borges e António Nascimento são agricultores no concelho macedense mas não se queixam da qualidade da azeitona. Os baixos preços, dizem eles, esses sim têm vindo a afectar o negócio. "A azeitona é boa, é de boa qualidade", disse Franklin Borges que apanhou cerca de 20 toneladas do fruto. "Apanhei quatro mil quilos mas ainda tenho mais para apanhar. O preço está cada vez mais baixo, está ridículo, não dá para pagar as jeiras", explicou António Nascimento.
A campanha de azeitona começou no mês de Novembro e deve findar nos próximos dias. Este ano, segundo os detentores da cooperativa macedense e do lagar Olimontes, fica marcada pela fraca qualidade e baixa quantidade deste fruto.
Escrito por Onda Livre (CIR)
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