O mamífero recém-nascido foi localizado junto à zona pedonal da rua da República, perto da uma hora de terça-feira, quando Carina Barbosa e mais duas amigas passeavam no local. "Avistamos um gato e achamos estranho estar sempre a olhar para uma tampa de saneamento e percebemos que poderia lá estar uma cria. Ouvimos o som de um miar excessivo e decidimos chamar os bombeiros que se deslocaram ao local e resgataram o animal", conta Carina Barbosa.
Ainda nessa madrugada, a jovem contactou o presidente da direção da ADAN - Associação de Defesa Animal do Nordeste - que indicou uma clínica veterinária parceira da associação para encaminhar o animal.
"Inicialmente, tudo apontava para que fosse um gato bebé, mas a médica veterinária ligou-nos alguns minutos depois a dizer que afinal se tratava de uma lontra bebé com apenas 111 gramas e que devia ter um ou dois dias de vida", revela Carina Barbosa, que tão depressa não vai esquecer este episódio invulgar. "Ficamos as três a falar sobre o caso até altas horas da madrugada, e com tudo isto que se passa agora com a Ccovid-19 já concordamos que este foi o momento mais feliz de 2020 para nós, sem dúvidas".
Na manhã seguinte, a lontra bebé foi transportada por uma equipa da GNR de Mirandela ao Hospital veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para ser acompanhada.
O presidente da direção da ADAN revela que já terão sido "avistadas lontras no espelho de água do rio Tua que atravessa a cidade" e que provavelmente esta lontra-bebé se terá perdido da sua progenitora.
Mas Tito Resende acrescenta que também terão sido avistadas raposas na cidade, durante a noite. "Eu próprio já vi, por duas vezes, raposas de noite na nossa cidade, na avenida 25 de abril com no largo do tribunal, talvez devido ao confinamento que vivemos têm aparecido alguns animais selvagens que não é muito habitual aparecerem por estas bandas", diz.
Fernando Pires
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