"O custo da aquisição do imóvel foi de 82 mil euros, sendo suportado, em partes iguais, pela DRCN e pelo município de Miranda do Douro", indicou à Lusa o diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte.
Para o responsável, esta aquisição concretiza um objetivo há muito aguardado e que agora irá permitir avançar com uma intervenção de remodelação e ampliação do espaço museológico do Museu da Terra de Miranda.
"O projeto será executado pelos serviços da Direção Regional de Cultura do Norte, ficando a intervenção no edifício sujeita a disponibilidade orçamental", concretizou.
António Ponte destaca ainda "a parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Miranda do Douro para a presente aquisição, reveladora das boas relações institucionais existentes e dos objetivos transversais de defesa da Cultura e do Património que unem as duas entidades".
O edifício agora adquirido será integrado na ampliação do espaço museológico do Museu da Terra de Miranda, "cujo projeto irá entretanto iniciar-se".
"O edifício museológico deixa transparecer, através da sua estrutura, memórias que nos transportam para a prática e história do seu funcionamento, onde se desempenharam, igualmente, funções de cadeia municipal até ao ano de 1790", indica a DRCN.
Este processo de restauro e melhoria das condições de exposição e visitação era reclamado pela autarquia de Miranda do Douro há cerca de duas décadas.
Em janeiro de 2009, o projeto de requalificação e ampliação do MTM foi apresentado em cerimónia pública e previa-se investir cerca de 1,5 milhões de euros nas obras de requalificação.
Dois anos depois, o então secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, admitiu à Lusa a possibilidade de inscrever "parte" da verba destinada à requalificação e ampliação do MTM no Orçamento Estado para o ano de 2012. Contudo, tudo ficou praticamente igual.
Fundado em 1982, e sob gestão da DRCN, a unidade museológica evoca a cultura, usos e costumes da Terra de Miranda, principalmente na multiplicidade dos seus aspetos geográficos, geológicos, históricos e socioeconómicos.
A exposição permanente apresenta coleções de trajes mirandeses e instrumentos usados na sua produção, alfaias agrícolas, máscaras e instrumentos musicais tradicionais.
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