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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Caça: montarias são as mais afetadas com a pandemia e doença da lebre preocupa caçadores

 Embora a caça seja considerada uma atividade de baixo risco, por acontecer ao ar livre, também neste setor se estão a fazer sentir os efeitos da pandemia.
Dada a situação epidemiológica, a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, conjuntamente com a Fencaça e a ANPC, entregaram à Direção-Geral da Saúde um plano com sugestões para o setor, dada a situação pandémica, e sobre o qual ainda se aguarda resultado.

As mais afetadas são as montarias, principalmente no que toca aos convívios associados e ao número de participantes, adianta Fernando Castanheira Pinto, presidente da confederação:

“Estamos habituados, especialmente no Norte, às grandes montarias e grandes concentrações de caçadores. Essas situações, provavelmente, não iremos ter mas a caça, propriamente dita, desde que sejam cumpridas as regras, poderá acontecer mas sem grupos superiores a dez pessoas. O ideal será que se desloquem para as manchas nas suas viaturas próprias e que haja um registo das próprias pessoas que levam consigo para que se houver um problema, a rastreabilidade das pessoas que estiveram seja mais fácil. Terão de se organizar os sorteios de uma forma diferente e não haverá pequenos almoços nem almoços.”  

No entanto, Fernando Castanheira Pinto lembra que é importante que a caça não pare dada a importância económica para a região:

“É um ano atípico mas não é por isso que deixaremos de caçar. Iremos ter em atenção que há-de haver forma de minimizar os aspetos económicos que isto, especialmente para as regiões do Interior, trouxe. Haverá um grande prejuízo e se podermos minimizá-lo, melhor.” 

Quanto à atividade da caça menor, os efeitos colaterais da pandemia são praticamente inexistentes mas há outras preocupações.

Além do coelho, agora também as lebres já começam a ter doença:

“Temos uma situação de extrema gravidade para a qual alertamos e até avisamos as zonas de caça, para que em função dos efetivos populacionais, tivessem em consideração se deveriam ou não caçar à lebre este ano.

A lebre também já está sujeita à mixomatose que já foi bastante fulminante na lebre o ano passado. 

Algumas zonas do país têm nichos e pequenos núcleos com uma boa quantidade de efetivos de lebre, mas, genericamente, tem perdido bastante pelo país todo.

O coelho tem recuperado alguns nichos, mas propusemos ao Secretário de Estado a continuação do projeto + Coelho que tem precisamente a ver com o combate da doença hemorrágica víral e que vai para o terceiro ano.

Esperamos que, a qualquer momento, haja uma homologação.”

Um problema que parece ainda não ter chegado aos efetivos da região, no entanto, se vier a acontecer, o presidente da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética, João Alves, não tem dúvidas que vai prejudicar a atividade e, por isso, já estão a ser pensadas estratégias para reverter a situação:

“Se vier a ocorrer algum surto aqui é problemático pois com a diminuição do coelho muita gente caça à lebre, e é lógico que quanto menos caça houver mais dificuldades e desânimo os caçadores terão.

Estamos a tentar ver se encontramos algumas estratégias no sentido de inverter a situação.

Queremos ajudar as associações locais a fazer um melhor ordenamento e mais repovoamento.”

Outro dos problemas que se mantém são as questões burocráticas associadas à atividade cinegética. Mas há esperança de dias melhores:

“Por vezes encontramos um feedback positivo, outras vezes nem tanto. Nesta última reunião tivemos uma boa receção e vontade de colaborar.

O processo de uso e porte de arma, registo e controle das armas em si, que passou para a PSP há uns anos, também veio complicar muito o setor da caça. Houve uma série de mudanças e aumento de taxas que fizeram com que muitos caçadores ficassem mais retraídos. No entanto, continua a haver alguns teimosos que têm o bichinho e vão tentar continuar a atividade.” 

Os efeitos da pandemia, as doenças e burocracias a afetar o setor da caça.

Escrito por ONDA LIVRE

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