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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Já… quase poema… ou da utopia

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Lágrima tantas... olhos de rio e chora e chora cada vez mais. Gastou os olhos e ficou a saudade de casa... dos filhos ausentes.
- Socorro… chamem o meu filho!
- Tenha juízo mulher que já tem idade!
A janela fechou-se… ficaram só os gritos a assombrar a cidade… Ninguém sabe que está presa num imenso armário… e está doente… e vai morrer… e ninguém sabe…
… não morra amiga… eu sei… os anos já lhe pesam… mas não morra… precisamos tanto de si… das suas memórias da vida e da cidade… do seu sorriso… e o castelo é tão bonito… e regressamos a casa ao entardecer…depois de lavar a roupa num remanso do Sabor… e os cabelos são longos feitos de vento e noite escura…
Sorri... mas de novo ficaram só os olhos... e nós continuamos, para todo o sempre, a repetir até ao infinito que os corpos caem na razão direta do quadrado dos tempos...mas as tulipas e as dálias nascem porque sim...e a beleza é somente beleza porque sim... não chore os seus filhos gostam tanto de si... e têm saudades... tantas…
...não chore... digo de longe… ofereço só as palavras…falta o coração e anoitece e apagam-se as luzes... todas...
…talvez amanhã seja um novo dia e talvez nasçam sorrisos… beijos e abraços… com a madrugada…
… três cegonhas brancas cruzam os céus de Bragança… três romãs… três colunas… três meninas… penteavam seus cabelos… com pentes de ouro fino.

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

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