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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 25 de outubro de 2020

Que cada um se proteja e que a Câmara Municipal faça a sua parte

 Como muitas pessoas, fui hoje ao cemitério do Toural, em Bragança prestar homenagem a entes queridos que já partiram. O que lá vi preocupou-me profundamente e é a prova que todos podemos fazer mais para travar a pandemia que nos assola. Ou percebemos que os cuidados são essenciais em cada lugar que visitamos, ou iremos de mal a pior.
O que vi por lá foi desolador: a grande maioria de pessoas sem máscaras, outras tantas com máscaras no queixo, muitas que se viam, abraçavam e cumprimentavam como se nada fosse. É verdade que é um espaço grande, mas também é inquestionável que é particularmente dado à proximidade humana, ao tacto, ao sentimento e estamos numa fase em que – opostamente ao que todos fomos habituados – o que sentimos, o apoio que queremos dar, não pode tomar forma de abraço ou beijo.
Eu sei que os dias que se aproximam são particularmente difíceis para muitos de nós. Eu pertenço a esse grupo. Mas também sei que todos os dias são dias para nos recordarmos de quem amamos, sem datas pré-marcadas no calendário. Quem sente necessidade de acender uma vela num dia específico que o faça, como eu o fiz (antecipando um pouco atenta a pandemia) uma vez que para o luto e para o amor não há regras universais, mas que se proteja e proteja aos outros, porque o vírus não fica, à espera, à porta do cemitério.
Apelo à Câmara Municipal de Bragança, responsável pelos dois cemitérios municipais existentes, e em particular ao seu Presidente e aos Serviços Administrativos de Gestão Cemiterial, que coloquem estruturas que disponibilizem desinfectante de mãos juntos às superfícies utilizadas por todos ou grande maioria dos utentes (caixotes de lixo, torneiras, etc), o que actualmente não sucede. E que se faça o mesmo nos outros municípios.
Só com o esforço de todos e com medidas adequadas ao actual estado da pandemia, conseguiremos que os números não nos levem à completa atrofia do SNS por falta de capacidade de resposta. É verdade que a maioria da população pode aparentemente ter o vírus sem mal-maior, mas podem também transmiti-lo a quem com ele pode morrer ou pode ser dos casos em que, com maior ou menor probabilidade, não fica cá para contar a história. É certo e sabido que sou contra a falta de medidas contundentes e coerentes em Portugal. Quem comigo concorda que as continue a exigir mas, cabe a todos – mais ou menos cépticos – fazer a nossa parte, protegendo-nos e a quem nos está próximo. Porque em saúde pública não podemos assobiar e olhar para o lado, todos temos uma papel essencial. Protejamo-nos!
Ana Soares

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