Como muitas pessoas, fui hoje ao cemitério do Toural, em Bragança prestar homenagem a entes queridos que já partiram. O que lá vi preocupou-me profundamente e é a prova que todos podemos fazer mais para travar a pandemia que nos assola. Ou percebemos que os cuidados são essenciais em cada lugar que visitamos, ou iremos de mal a pior.
O que vi por lá foi desolador: a grande maioria de pessoas sem máscaras, outras tantas com máscaras no queixo, muitas que se viam, abraçavam e cumprimentavam como se nada fosse. É verdade que é um espaço grande, mas também é inquestionável que é particularmente dado à proximidade humana, ao tacto, ao sentimento e estamos numa fase em que – opostamente ao que todos fomos habituados – o que sentimos, o apoio que queremos dar, não pode tomar forma de abraço ou beijo.
Eu sei que os dias que se aproximam são particularmente difíceis para muitos de nós. Eu pertenço a esse grupo. Mas também sei que todos os dias são dias para nos recordarmos de quem amamos, sem datas pré-marcadas no calendário. Quem sente necessidade de acender uma vela num dia específico que o faça, como eu o fiz (antecipando um pouco atenta a pandemia) uma vez que para o luto e para o amor não há regras universais, mas que se proteja e proteja aos outros, porque o vírus não fica, à espera, à porta do cemitério.
Apelo à Câmara Municipal de Bragança, responsável pelos dois cemitérios municipais existentes, e em particular ao seu Presidente e aos Serviços Administrativos de Gestão Cemiterial, que coloquem estruturas que disponibilizem desinfectante de mãos juntos às superfícies utilizadas por todos ou grande maioria dos utentes (caixotes de lixo, torneiras, etc), o que actualmente não sucede. E que se faça o mesmo nos outros municípios.
Só com o esforço de todos e com medidas adequadas ao actual estado da pandemia, conseguiremos que os números não nos levem à completa atrofia do SNS por falta de capacidade de resposta. É verdade que a maioria da população pode aparentemente ter o vírus sem mal-maior, mas podem também transmiti-lo a quem com ele pode morrer ou pode ser dos casos em que, com maior ou menor probabilidade, não fica cá para contar a história. É certo e sabido que sou contra a falta de medidas contundentes e coerentes em Portugal. Quem comigo concorda que as continue a exigir mas, cabe a todos – mais ou menos cépticos – fazer a nossa parte, protegendo-nos e a quem nos está próximo. Porque em saúde pública não podemos assobiar e olhar para o lado, todos temos uma papel essencial. Protejamo-nos!
O que vi por lá foi desolador: a grande maioria de pessoas sem máscaras, outras tantas com máscaras no queixo, muitas que se viam, abraçavam e cumprimentavam como se nada fosse. É verdade que é um espaço grande, mas também é inquestionável que é particularmente dado à proximidade humana, ao tacto, ao sentimento e estamos numa fase em que – opostamente ao que todos fomos habituados – o que sentimos, o apoio que queremos dar, não pode tomar forma de abraço ou beijo.
Eu sei que os dias que se aproximam são particularmente difíceis para muitos de nós. Eu pertenço a esse grupo. Mas também sei que todos os dias são dias para nos recordarmos de quem amamos, sem datas pré-marcadas no calendário. Quem sente necessidade de acender uma vela num dia específico que o faça, como eu o fiz (antecipando um pouco atenta a pandemia) uma vez que para o luto e para o amor não há regras universais, mas que se proteja e proteja aos outros, porque o vírus não fica, à espera, à porta do cemitério.
Apelo à Câmara Municipal de Bragança, responsável pelos dois cemitérios municipais existentes, e em particular ao seu Presidente e aos Serviços Administrativos de Gestão Cemiterial, que coloquem estruturas que disponibilizem desinfectante de mãos juntos às superfícies utilizadas por todos ou grande maioria dos utentes (caixotes de lixo, torneiras, etc), o que actualmente não sucede. E que se faça o mesmo nos outros municípios.
Só com o esforço de todos e com medidas adequadas ao actual estado da pandemia, conseguiremos que os números não nos levem à completa atrofia do SNS por falta de capacidade de resposta. É verdade que a maioria da população pode aparentemente ter o vírus sem mal-maior, mas podem também transmiti-lo a quem com ele pode morrer ou pode ser dos casos em que, com maior ou menor probabilidade, não fica cá para contar a história. É certo e sabido que sou contra a falta de medidas contundentes e coerentes em Portugal. Quem comigo concorda que as continue a exigir mas, cabe a todos – mais ou menos cépticos – fazer a nossa parte, protegendo-nos e a quem nos está próximo. Porque em saúde pública não podemos assobiar e olhar para o lado, todos temos uma papel essencial. Protejamo-nos!
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