Na apreciação do PNI e do investimento previsto para a região, o presidente da CIM Artur Nunes diz que “o documento é muito genérico” e destaca algumas das omissões, nomeadamente no plano da rede ferroviária. “Na rede ferroviária, uma aposta do Governo, a CIM está de fora deste plano e eu acho que era importante porque nós reclamamos uma ligação, e uma proposta até anunciada, da ligação a todas as capitais de distrito.
Temos também vindo a reivindicar o reforço do aeródromo e a passagem a aeroporto. Penso que isto devia ser incluído no PNI 2030”.
No âmbito do regadio surgem igualmente queixas, até porque alguns concelhos não estão contemplados. “Uma das propostas que estamos a fazer, que não está muito clara no plano apresentado, é relativa ao plano de regadio. Há três concelhos, Miranda, Mogadouro e Vimioso, que aparecerem quase em branco nessa proposta. Penso que seria importante também termos uma palavra a dizer. Teremos, brevemente, uma reunião com a ministra da Agricultura para reivindicar a necessidade e apoio de um plano de regadio integrado para toda a terra de Trás-os-Montes”, disse Artur Nunes.
Na área da energia Artur Nunes diz que gostava de ver maior definição e algumas propostas concretas sobre o gás natural e a venda das barragens do Douro.
Em falta está ainda a nova via entre Vimioso e Carção, para melhora a ligação do concelho à A4 e à capital de distrito. O governo já terá dado indicação de que está contemplada no orçamento do próximo ano das Infraestruturas de Portugal, mas não existe a certeza.
Entre os investimentos elencados encontra-se a conclusão do IP2, de Bragança até à fronteira, e a ligação do IC5 até Espanha, bem como a variante da Estrada Nacional 103 entre Vinhais e Bragança.
O presidente da câmara de Vinhais, Luís Fernandes, reforça que se trata de “uma questão de justiça” e depois de várias promessas espera que seja desta vez que avance. “É uma questão de justiça e espero que rapidamente seja feita. Temos vindo a reclamá-la com insistência já que tem sido prometida sucessivamente. Esperamos que agora, dentro deste plano, que a obra seja realmente feita”.
Outra das obras que a região quer ver concretizada é a reactivação do troço do Pocinho a Barca D’Alva, fazendo a continuação da linha do Douro até Espanha, investimento também previsto neste documento, tal como a modernização e electrificação do troço entre a Régua e o Pocinho, projectos fundamentais para a CIM Douro, como frisa o vice-presidente desta comunidade intermunicipal, Nuno Gonçalves. “Temos algumas situações que sempre tentámos que fossem previstas para o território. A CIM Douro tem duas fundamentais no território: a linha do Douro e a Via Navegável do Douro. A linha do Douro não entrou na cimeira ibérica mas não prescindimos dela porque é uma forma de desencravar o interior”.
Já a Via Navegável do Douro poderá representar mesmo um dos maiores investimentos na região Norte, estando previsto um montante de 102 milhões de euros para melhorar as condições de navegabilidade, segurança e desempenho operacional.
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