A empresa intermunicipal vê com preocupação este aumento que o governo quer aplicar já a partir de Janeiro de 2021, com o objectivo de reduzir a deposição do lixo indiferenciado em aterro e aumentar a reciclagem. Hernâni Dias, presidente do Conselho de Administração da Resíduos do Nordeste, considera que este é um aumento brutal e que terá pouca eficácia. "Significa um aumento de 100% para as operações de deposição do lixo em aterro. A aplicação será a partir de 2021. obviamente que este aumento tão grande pode comprometer o já muito débil equilíbrio financeiro deste sector. No nosso entendimento é uma medida ineficaz porque não vai conseguir desencorajar as opções de deposição em aterro".
Esta subida significa que os 13 municípios vão passar a pagar 800 mil euros por ano, em vez dos 400 mil que agora assumem, correspondente à deposição em aterro do lixo indiferenciado, o que segundo o representante da Resíduos do Nordeste pode comprometer o já débil equilíbrio financeiro deste sector.
Hernâni Dias apelida a medida de erro grosseiro e admite que o acréscimo se pode reflectir na factura da água. "O país vive hoje um período dificílimo da sua vida colectiva e aos municípios cabe, em primeira linha, o apoio social às famílias. Estamos sujeitos a solicitações fortes, por parte das populações, para as quais a nossa capacidade de resposta depende de recursos muito escassos. Duplicar, nesta altura, um imposto, recairá integralmente sobre os municípios e as famílias. Para nós é um erro grosseiro".
O também autarca de Bragança dá ainda o exemplo deste município, onde a duplicação do valor da taxa implicaria uma subida de cerca de 130 mil para 260 mil euros.
A empresa intermunicipal gere os resíduos urbanos da área dos 12 municípios do distrito de Bragança e ainda de Vila Nova de Foz Côa.
A Resíduos do Nordeste já enviou os argumentos e a posição contra o aumento da taxa ao governo, na esperança de que ainda possa voltar atrás nesta decisão.
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