“Há 30 ou 40 anos atrás, a batata ainda era uma importante cultura para o mercado em Trás-os-Montes. Tínhamos as cooperativas de Bragança, Montalegre, Chaves. O que acontece é que essas cooperativas foram falindo e saindo do mercado, muitas delas por falta de conhecimento, embora algumas estejam agora a tentar-se restabelecer. O que aconteceu em todo o Interior é que a batata deixou de ter importância enquanto cultura para venda e apenas alguns agricultores vendem, residualmente, para algumas lojas e restaurantes. O cultivo e venda intensivos deixou de acontecer em Trás-os-Montes. Se quiséssemos ser produtores intensivos de batata, rapidamente chegaríamos à conclusão de que não há cultura mais difícil que esta.”
E o investigador deixa ficar alguns exemplos:
“De uma batata não sai apenas uma planta, podem sair várias. Ninguém controla isso mas tem uma influência tremenda na produção. Tem a ver como a planta se distribui no espaço e usa a radiação solar para fazer a fotossíntese. Depois, a forma como se rega também tem pequenos truques. É importante ainda tirar partido da semente. Há coisas que precisam de ser dominadas para tirar o melhor partido desta cultura. Os nossos agricultores usam expressões que demonstram que não controlam o processo produtivo, visto que não fazem ideia do porquê da batata ser melhor ou pior num determinado ano.”
A cultura da batata em destaque no seminário Horta Familiar, que aconteceu na aldeia do Lombo, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
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