Depois de na primeira edição, em plena pandemia, ter registado a participação de 18 empresas e 430 formandos, desta vez o programa chega a mais cidades do interior e a mais pessoas. O projecto pretende atenuar a falta de recursos humanos com competências digitais a nível nacional e a crescente procura por estas qualificações.
O secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, que marcou presença na sessão de apresentação, afirmou que o objectivo na segunda edição é crescer, sendo que vai ter 500 vagas em duas fases.
“A nossa expectativa é que nesta segunda edição possamos crescer. O digital é uma das áreas em que a questão do território e sítio onde estamos não é tão importante e por isso é uma oportunidade também para cidades como Bragança, Guarda, Coimbra e Évora, onde há a possibilidade de descentralizar”, destacou o secretário de Estado Adjunto.
As empresas identificam as necessidades que enfrentam na área das tecnologias da informação e comprometem-se a contratar 80% das pessoas que fazem a formação em áreas como a programação, redes e gestão de plataformas e serviços.
Segundo o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Rogério Carapuça, em Bragança há uma empresa interessada em participar, o que permitiu abrir 70 vagas para o programa, para pessoas que vêm de outras áreas de formação.
“O primeiro desafio é sermos capazes de passar esta mensagem para as pessoas e desafiá-las para que participem no programa, esse vai ser um dos grandes desafios em Bragança. Não é só trazer as empresas, não é só criar conseguir criar as turmas é a seguir encontrar os candidatos para essas acções de formação”, acrescentou Rogério Carapuça.
Numa sessão em que a importância do digital esteve em evidência, o presidente da câmara de Bragança não perdeu a oportunidade de criticar os problemas de cobertura de rede de telemóvel e internet nos territórios como o concelho.
O secretário de Estado da Transição Digital, André Aragão Azevedo, garante que essa é uma preocupação do governo e que haverá verbas para aumentar a cobertura não apenas em termos de percentagem de população, mas de território.
“Esse é de facto um objectivo que está a mobilizar o Governo no seu conjunto, que é estender a cobertura de rede móvel e fixa a todo o território. Sabemos que esse é um factor de proximidade, de investimento e sem o qual não é possível reverter este processo de excesso de litoralização”, frisou André Aragão Azevedo.
O programa, que envolve a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações - APDC, o Estado, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional, e a Academia, implica um investimento que ascende a perto de 10 milhões de euros, mas pode ser reforçado.
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