Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Tenho os olhos cheios de areia e, em cada grão oiço o latir incessante de vidas desalinhadas.
Vagueio sem rumo nas avenidas da cidade e arranco pedras em cada passo errante.
Os braços agitam-se numa guerra sem sangue, abrem-se as mãos e libertam-se borboletas.
Das pontas dos dedos saem andorinhas que pousam nos beirais dos telhados debicando gotas de chuva.
No céu pardo e cinzento, procuro auroras.
Uma estrela em fuga, vem fazer-me companhia, em queda vertiginosa desce e senta-se a meu lado, num banco adormecido do jardim.
A noite é longa e escura.
Vagueio sem rumo nas avenidas da cidade e arranco pedras em cada passo errante.
Os braços agitam-se numa guerra sem sangue, abrem-se as mãos e libertam-se borboletas.
Das pontas dos dedos saem andorinhas que pousam nos beirais dos telhados debicando gotas de chuva.
No céu pardo e cinzento, procuro auroras.
Uma estrela em fuga, vem fazer-me companhia, em queda vertiginosa desce e senta-se a meu lado, num banco adormecido do jardim.
A noite é longa e escura.
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