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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

PARQUE VALE DO TUA CRIA GUIA DE AVES E INAUGURA TRÊS PERCURSOS ORNITOLÓGICOS

 A OBSERVAÇÃO DE AVES (BIRDWATCHING) É O MAIS RECENTE PRODUTO TURÍSTICO DO PARQUE NATURAL QUE ABRANGE CINCO CONCELHOS DOS DISTRITOS DE BRAGANÇA E VILA REAL


O Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) já implementou as condições para que o território possa trabalhar o birdwatching, “um produto turístico muito apreciado por alguns nichos de mercado, sobretudo nos mercados do Reino Unido, Americano e no Norte da Europa”, assegura o diretor daquele parque que abrange uma área de 25 mil hectares dos concelhos de Alijó, Murça, Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.

“Este produto é muito virado para pessoas com elevada capacidade financeira que não se importam de pagar o preço justo para consumir produtos de qualidade”, acrescentou Artur Cascarejo, no seminário de encerramento do Curso de Formação em Birdwatching, também aproveitado para o lançamento do Guia de Aves do Vale do Tua.

Ao longo dos últimos nove meses um grupo de 20 formandos, constituído por empresários do setor do turismo, técnicos de turismo dos municípios, ou simples curiosos e autodidatas, aprenderam a conhecer as aves que existem no território, a fazer anilhagem, construir abrigos, comedouros e bebedouros. 

Estão agora mais preparados para receber turistas e explorar este potencial do território. Paula Cristina Madureira, uma empresária que possui uma empresa de animação turística em Vila Flor, conta que está a estudar agora a criação de programas de observação de aves. “Conhecia os pardais, as cegonhas e pouco mais e agora já consegue identificar as aves que observa e muitas vezes distingui-las simplesmente pelo canto”, afirma.

Já Frederico Mendes da Silva, apaixonado pela fotografia de aves, fez o curso com o simples intuito de aumentar os conhecimentos e equaciona agora a possibilidade de criar palcos para que os apaixonados pelo Birdwatching possam fotografar. “Até no próprio quintal, onde já identifiquei 43 espécies das 160 referenciadas no PNRVT”, disse. Nelson Tito é técnico de Turismo no município de Carrazeda de Ansiães. Muitas vezes faz visitas com turistas ao património e sente que esta formação é um complemento muito importante: “Adquiri conhecimentos para poder responder a quem me pergunta e até sem ninguém me perguntar ir dizendo aos visitantes as aves que vamos encontrando”.

O Guia de Aves, produzido por Dinis Cortes, é um complemento que pode ajudar não só as empresas que vão trabalhar o produto, como os turistas que queiram realizar a experiência em autonomia.

Três percursos ornitológicos definidos

No total são 250 quilómetros definidos e devidamente sinalizados que atravessam os cinco concelhos que integram o PNRVT, que podem ser feitos de automóvel, e ao longo dos quais estão definidos diversos pontos onde a probabilidade de observar aves é grande. Para além da sinalética, orientativa e informativa, com diversos painéis onde consta informação sobre as aves mais interessantes de cada habitat, foram criados observatórios em madeira, perfeitamente integrados na paisagem, que tornam a observação de aves mais discreta, confortável e segura.

Pelas suas características geográficas, o PNRVT é uma das zonas de maior interesse ornitológico do interior Norte do país, tendo o potencial de se tornar uma referência nesta atividade a nível nacional. “Sentimos que estamos prontos agora para retirar partido deste recurso, temos os agentes locais capacitados e o território infraestruturado. Com efeito, se não houver empresas que desenvolvam os produtos não temos capacidade de retirar o devido proveito deste ou de outros projetos”, explicou Artur Cascarejo. 

Este projeto foi financiado pelo Programa Operacional Norte 2020, que não previa a componente da formação. Contudo o PNRVT, a expensas próprias, numa parceria com a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, promoveu a formação gratuita aos agentes locais.

Artigo escrito por Fernando Pires
(jornalista)

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