“Um testemunho enriquecedor acerca do Homem que, por imperativo da sua fé e consciência, contrariou ordens humanas, para lutar pela justiça e dignidade humanas, salvando assim milhares de vidas”, explicou a organizadora do evento, a docente de EMRC, Dina Pinto.
António Mendes explicou que procurou passar aos alunos “uma mensagem que tem por base a realidade e que sublinha que precisamos todos uns dos outros”.
“Se formos eliminando sucessivamente o ser humano estamos a eliminar a sociedade, a Criação. Não é uma questão de crença, é uma questão de realidade. A Humanidade existe há milhares de anos e porque houve sempre a necessidade de compreender e porque houve sempre um justo que pusesse fim às loucuras. Não podemos continuar com loucuras.
Precisamos todos uns dos outros. Se os homens se forem matando, não há magia”, sublinhou.
António Mendes recordou o exemplo do avô, consul português em Bordéus que passou milhares de vistos a judeus durante a II Guerra Mundial, contrariando as ordens do Estado.
“Ele foi castigado, foi eliminado porque compreendeu que era preciso ajudar os outros.
Não é preciso ser-se crente e Cristão para salvar os outros.
Fazer o bem é demasiado simples”, frisou.
Dina Pinto explicou ainda que o objetivo desta atividade passou por “trazer um testemunho, de viva-voz, daquilo que foi o Holocausto, e insere-se no contexto do tema da dignidade humana, da intervenção em prol da dignidade humana e pretende levar os alunos e a pensar e a construir essa mesma consciência a partir de um testemunho concreto”.
“Sou professora de moral e pretendo mostrar que houve pessoas que, a partir dos seus valores morais e da sua própria fé construíram um mundo diferente e puderam mudar o mundo”, concluiu.
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