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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

“Fantasma”, a exposição de fotografia que retrata a realidade do meio rural e pode ser visitada até sábado na Junta de Freguesia de Macedo

 Jade Aires Moreira é uma jovem de 24 anos que utilizou a lente da sua câmara fotográfica para captar uma realidade cada vez mais evidente, que é a desertificação do meio rural.


Para isso, usou como exemplo a aldeia onde tem raízes, Argana, no concelho de Macedo de Cavaleiros, e batizou o projeto de Fantasma:

“Chamei a esta exposição fantasma principalmente pelo primeiro significado de alma e espírito, porque uma vez a minha avó disse-me que na nossa aldeia, Argana, só restariam fantasmas daqui a uns anos e isso despertou em mim o desejo de evitar que isso acontecesse um dia.

Isto leva-nos ao segundo significado do nome fantasma, que exprime algo imaginário ou sonhado. Ou seja, para mim, a eternidade dessa aldeia e do seu património, tentando fazer com a Argana nunca desapareça. É assim que o meu projeto tenta explorar a noção de desaparecimento e da memória dessas aldeias que são mais isoladas e constituem o norte de Portugal e Trás-os-Montes.”

As fotografias estão organizadas em três séries. Cada uma levou um ano a ser realizada:


“A primeira é composta por fotografias da minha avó no seu quotidiano, na Charneca da Caparica, perto de Lisboa, onde vive desde o Covid, que a obrigou a partir da aldeia. Isso permitiu-se fotografar um momento de transição para ela.

A segunda série é sobre as pessoas que ainda vivem em Argana, chamados os moradores do “meio do mundo”, porque a aldeia só tem 28 habitantes.

É uma homenagem aos que dão continuidade à herança de uma sociedade agrícola e às suas tradições.

A exposição acaba com uma última série chamada reconstrução, que é mais metafórica e trata uma reconstrução pessoal depois de um acontecimento trágico, pois o choque pode deixar-nos num estado fantasma. Quis abordar essa noção e são, por exemplo, fotos da destruição do celeiro da nossa família para fazer lá uma nova casa.”

Jade vive em França mas foi em Macedo de Cavaleiros que decidiu expor este trabalho pela primeira vez.

O objetivo é voltar a fazê-lo no futuro mas também levá-lo até salas de exposição francesas:

“Vou tentar aprofundar a parte das tradições de Argana e das aldeias transmontanas para fazer uma exposição mais completa e com mais tempo, no futuro.

Já comecei a entrar em contacto com o consulado em Paris e estou à procura de uma sala e de ajudas para mostrar o trabalho, tanto aos emigrantes como também às pessoas de Paris que possam estar interessadas nessas tradições portuguesas e nesta parte de Portugal.”

A exposição de fotografia “Fantasma”, de Jade Aires Moreira, está patente no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Macedo de Cavaleiros até ao próximo sábado pode ser visitada das 10h às 17h30.

Escrito por ONDA LIVRE

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