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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

MÃE É QUEM CRIA

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Frei Luís de León, em: "La Perfecta Casada", conta-nos o caso ocorrido na velha Roma, que merece digno de ser levado aos leitores, pela grande verdade que encerra. Verdade, quantas vezes, esquecida.
Havia no tempo do Império Romano notável família de apelido Graco, constituído por importantes militares e políticos que exerciam iminentes cargos
Certa ocasião, jovem dessa nobre família, partiu para a guerra e por lá passou vários meses.
Ao regressar trouxe valiosas riquezas. A mãe e a velha ama, logo que tomaram conhecimento, correram ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o de contentamento.
Após arrumar a bagagem e os valiosos despojos, que lhe foram atribuídos em quinhão do saque às cidades dos vencidos, presenteou familiares.
À mãe deu-lhe bonito anel de prata. À ama, que tanto gostava, ofereceu-lhe belíssimo colar de oiro, de grande valor.
Estranhou a mãe ter recebido apenas um anel de prata, enquanto a ama, que não passava de simples serva, um colar de oiro.
E virando-se para o filho, despeitada, disse-lhe em tom de censura:
- Como é, filho!?: permeias a vossa ama com colar tão valioso, e a mim, que sou tua mãe, apenas trouxeste um anel... de prata!?
Ao ouvir tais palavras, o jovem repostou:
-É que vós, minha mãe e senhora minha, trouxeste-me no ventre nove meses; não mais. Enquanto esta serva, que me não é nada, criou-me com carinho, durante dois anos, oferecendo-me os peitos e o leite, durante dois longos anos.
Mãe é quem cria e não quem gera.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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