Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Frei Luís de León, em: "La Perfecta Casada", conta-nos o caso ocorrido na velha Roma, que merece digno de ser levado aos leitores, pela grande verdade que encerra. Verdade, quantas vezes, esquecida.
Havia no tempo do Império Romano notável família de apelido Graco, constituído por importantes militares e políticos que exerciam iminentes cargos
Certa ocasião, jovem dessa nobre família, partiu para a guerra e por lá passou vários meses.
Ao regressar trouxe valiosas riquezas. A mãe e a velha ama, logo que tomaram conhecimento, correram ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o de contentamento.
Após arrumar a bagagem e os valiosos despojos, que lhe foram atribuídos em quinhão do saque às cidades dos vencidos, presenteou familiares.
À mãe deu-lhe bonito anel de prata. À ama, que tanto gostava, ofereceu-lhe belíssimo colar de oiro, de grande valor.
Estranhou a mãe ter recebido apenas um anel de prata, enquanto a ama, que não passava de simples serva, um colar de oiro.
E virando-se para o filho, despeitada, disse-lhe em tom de censura:
- Como é, filho!?: permeias a vossa ama com colar tão valioso, e a mim, que sou tua mãe, apenas trouxeste um anel... de prata!?
Ao ouvir tais palavras, o jovem repostou:
-É que vós, minha mãe e senhora minha, trouxeste-me no ventre nove meses; não mais. Enquanto esta serva, que me não é nada, criou-me com carinho, durante dois anos, oferecendo-me os peitos e o leite, durante dois longos anos.
Mãe é quem cria e não quem gera.
Havia no tempo do Império Romano notável família de apelido Graco, constituído por importantes militares e políticos que exerciam iminentes cargos
Certa ocasião, jovem dessa nobre família, partiu para a guerra e por lá passou vários meses.
Ao regressar trouxe valiosas riquezas. A mãe e a velha ama, logo que tomaram conhecimento, correram ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o de contentamento.
Após arrumar a bagagem e os valiosos despojos, que lhe foram atribuídos em quinhão do saque às cidades dos vencidos, presenteou familiares.
À mãe deu-lhe bonito anel de prata. À ama, que tanto gostava, ofereceu-lhe belíssimo colar de oiro, de grande valor.
Estranhou a mãe ter recebido apenas um anel de prata, enquanto a ama, que não passava de simples serva, um colar de oiro.
E virando-se para o filho, despeitada, disse-lhe em tom de censura:
- Como é, filho!?: permeias a vossa ama com colar tão valioso, e a mim, que sou tua mãe, apenas trouxeste um anel... de prata!?
Ao ouvir tais palavras, o jovem repostou:
-É que vós, minha mãe e senhora minha, trouxeste-me no ventre nove meses; não mais. Enquanto esta serva, que me não é nada, criou-me com carinho, durante dois anos, oferecendo-me os peitos e o leite, durante dois longos anos.
Mãe é quem cria e não quem gera.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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