O romance parte de factos de uma série de crimes violentos, que nos anos 90, do século XX, ocorreram nas imediações de Lisboa, e chocaram o país. Três mulheres foram encontradas mortas com sinais de extrema violência, com golpes de faca por todo o corpo, em cenários idênticos e mortas pelo mesmo modus operandi.
Existe ainda uma forte suspeita de que o estripador, considerado um serial killer, também tenha sido responsável por outros dois crimes semelhantes na mesma região em 1990, o que poderia aumentar em três anos (1990 a 1993) o tempo total de atuação do criminoso em Portugal.
“É um romance que podemos enquadrar no triller psicológico e policial e não pretende ser uma interpretação da realidade, mas apenas um romance de ficção”, explicou C. A. Afonso ao Mensageiro.
Ainda segundo o autor “a narrativa enquadra os três homicídios do caso, que ficou conhecido como Estripador de Lisboa, contudo esta história tem apenas a pretensão de explorar um conjunto de circunstâncias que levaram ao desfecho deste caso e ao que o tornou num mito urbano dos finais do século”, acrescentou.
A história é narrada sob quatro perspetivas: “A das vítimas, a do autor, a de um psicólogo forense, que eu introduzi para dar sequência e energia à narrativa, e, ainda, a da investigação através do personagem do Inspetor da Polícia Judiciária”, destacou.
O caso do Estripador de Lisboa tem despertado a atração de jornalistas e escritores nas últimas décadas. No caso do livro ‘Mulheres em Infância’ conta com a particularidade de também explorar a visão as vítimas, todas elas na casa dos 20 anos e chamadas Maria.
C. A. Afonso, escritor natural de Nuzedo de Cima, em Vinhais, é autor de outros livros, nomeadamente a Espada de Santa Maria, A hora do Lobo e vários de poesia.
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