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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

ÁGUA DE ABREIRO COM INDICADORES DE ARSÉNIO ACIMA DOS LIMITES PREOCUPA A POPULAÇÃO

 HABITANTES ACONSELHADOS A FERVER A ÁGUA ANTES DE CONSUMIR OU COMPRAR GARRAFÕES DE ÁGUA.


TRATAMENTO JÁ FOI FEITO E AGUARDA-SE O RESULTADO DE UMA SEGUNDA ANÁLISE.

As últimas análises realizadas à qualidade da água da rede pública da aldeia de Abreiro, no concelho de Mirandela, revelaram a existência de índices de arsénio acima dos valores considerados normais.

As autoridades de saúde do concelho já comunicaram à população daquela aldeia que, por prevenção, devem ferver a água antes de a consumir. Esta situação está a deixar muito preocupados os habitantes e disso mesmo veio dar conta à última reunião da Assembleia Municipal de Mirandela, Ermelinda Pereira, uma moradora de Abreiro. “Nós sabemos que a nossa água é férrea, mas não esperávamos que na última análise fosse diagnosticado o arsénio, por isso estamos muito preocupados e foi-nos aconselhado a ferver a água, mas até quando e quem nos paga o gás, a luz e quem nos dá a saúde, porque nada nos diz que fervendo a água focamos livres de perigo”, diz.

Também a própria presidente da junta de freguesia de Abreiro manifestou essa preocupação na mesma reunião daquele órgão autárquico. “Detetaram a situação do arsénio, apesar de ser uma coisa mínima, e aconselharam a ferver a água para consumo, ou então comprar, mas há pessoas idosas que não têm possibilidade de comprar os garrafões. Já fizeram um novo tratamento e já foi novamente para análise e está a aguardar-se o resultado”, diz Ilda Fernandes.

Na resposta, a presidente da Câmara de Mirandela confirma essa informação. Júlia Rodrigues diz que “estão a ser feitos tratamentos para debelar a situação”, e que “estão a ser estudadas formas de resolver este problema da falta de qualidade da água em Abreiro”, que diz ser uma situação “que já tem décadas”. Segundo a autarca socialista, “já andamos a fazer uma auscultação no terreno para perceber se há outras formas de obter captações de água, que não aquela que temos atualmente, fizemos recolha de água em outras zonas, mas a qualidade também não era por ai além, pelo que vamos reunir com os técnicos para saber que soluções existem porque a água tem alguns problemas que podem ser minorados com a utilização de filtros e outras soluções, mas que têm de ser acompanhadas”, sustenta Júlia Rodrigues.

Como se isso não bastasse, a presidente da junta revela que estão a chegar contas exorbitantes de água aos moradores de Abreiro, principalmente a quem não indica a contagem. Ilda Fernandes sugeriu que a autarquia o faça de uma forma mais regular e prontificou-se a fazê-lo ela própria. “Antigamente eram 30 dias, mas agora contam os dias em que vão fazer a contagem até quando voltam a fazer a nova contagem, o que pode significar mais de 40 dias e não apenas os 30 dias”, refere.

“Para as pessoas mais idosas é difícil perceber porque alguém que não tenha nada em casa, não consome e paga mais do que outra pessoa que consome dois metros cúbicos que dá a contagem e paga menos. Ou seja tem a ver com a contagem que dá”, afirma a autarca de Abreiro.

Ilda Fernandes mostrou-se disponível para ajudar as pessoas a dar a contagem.

A presidente da câmara explica que esta discrepância nos valores “têm a ver de facto com a contagem que alguns habitantes não reportam ao Município” que tem poucos recursos humanos para esse trabalho, apelando a que essa prática seja mais comum. “O problema é que se não há leituras, o próprio programa informático faz uma estimativa que muitas vezes foge do que é o consumo normal o que implica a passagem para outro escalão, pelo que vamos reunir com a equipa interna para podermos ter campanhas de sensibilização e a possibilidade de fazer uma discriminação positiva às pessoas que dão as leituras”, sustenta Júlia Rodrigues.

Entretanto, a Presidente da Junta de Freguesia de Abreiro já se prontificou a ajudar na leitura da contagem do consumo de água.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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