Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Dois terços do mês de Fevereiro de 2024 estão passados e com eles a mesma regra de medição podemos usar no respeitante ao Inverno. Fevereiro, quando eu era menino era o mês do Carnaval e da Morte e Censura isto na minha memória e porque estamos no terceiro terço do dito e só hoje me recordei de uma tradição lá de casa que era tão só a que mais impressa ficou no meu rol de recordações guardadas da minha mãe e do seu largo acervo de pratos deliciosos que eu incluo nas mais gratas recordações que me acompanharam até aqui.
Todos os anos no tempo de fazer o fumeiro ela atempadamente preparava uma tripa do porco, que era a mais larga e a que depois de cheia com a massa que era a base das alheiras à qual ainda não se tinha adicionado o alho, que é o elemento essencial das alheiras e as distingue do sabor dos azedos que são enchidos na tripa do porco que seca se torna azeda e confere um paladar excelente, tendo a vantagem de com os mesmos ingredientes com excepção do alho e da tripa se obter um produto deferente, na textura e no sabor.
A minha mãe recordo bem, era zelosa dos seus métodos e costumes já que o PALAIO era consumido invariavelmente no dia de Carnaval ao almoço.
Vem toda esta recordação a talhe de foice, porque hoje a meteorologia cá no fundo das minhas entranhas é a que eu retive no mais íntimo das minhas lembranças como o tempo ideal para se saborearem as iguarias da nossa terra, porque o que fez a tradição e hoje faz tão popular o consumo destas maravilhas é o juntar o frio que faz na rua com o quentinho que está cá dentro.
Pensar em preparar um PALAIO, lavá-lo bem, pôr num tabuleiro de ir ao forno com azeite q.b. batatas para assar q.b., cebola e um raminho de alecrim. Meta ao forno e deixe assar lentamente até que a pele do chouriço comece a estalar e o cheiro dos vários ingredientes se misturem e saltem do forno para a cozinha e seja feita e cumprida a tradição de ser consumida à mesa desta para não se perder nem o cheiro, nem o sabor.
Este ano já não dará para ser no dia de Carnaval, mas pró ano ainda é tempo.
Às pessoas da minha idade não necessitarei de as mobilizar para estas tarefas que eram tão correntes noutro tempo e que podem parecer absurdas hoje, mas eu continuo a achar que é melhor mantermos o nosso metabolismo devidamente equilibrado e deixarmo-nos desses venenos que os americanos e sus muchachos nos querem fazer consumir.
Sei que não é fácil cobrir a necessidade de comermos qualquer coisa diariamente mas por capricho ou por decisão fundamentada, façamos por consumirmos o que durante séculos nos consolou e ajudou a crescermos.
Todos os anos no tempo de fazer o fumeiro ela atempadamente preparava uma tripa do porco, que era a mais larga e a que depois de cheia com a massa que era a base das alheiras à qual ainda não se tinha adicionado o alho, que é o elemento essencial das alheiras e as distingue do sabor dos azedos que são enchidos na tripa do porco que seca se torna azeda e confere um paladar excelente, tendo a vantagem de com os mesmos ingredientes com excepção do alho e da tripa se obter um produto deferente, na textura e no sabor.
A minha mãe recordo bem, era zelosa dos seus métodos e costumes já que o PALAIO era consumido invariavelmente no dia de Carnaval ao almoço.
Vem toda esta recordação a talhe de foice, porque hoje a meteorologia cá no fundo das minhas entranhas é a que eu retive no mais íntimo das minhas lembranças como o tempo ideal para se saborearem as iguarias da nossa terra, porque o que fez a tradição e hoje faz tão popular o consumo destas maravilhas é o juntar o frio que faz na rua com o quentinho que está cá dentro.
Pensar em preparar um PALAIO, lavá-lo bem, pôr num tabuleiro de ir ao forno com azeite q.b. batatas para assar q.b., cebola e um raminho de alecrim. Meta ao forno e deixe assar lentamente até que a pele do chouriço comece a estalar e o cheiro dos vários ingredientes se misturem e saltem do forno para a cozinha e seja feita e cumprida a tradição de ser consumida à mesa desta para não se perder nem o cheiro, nem o sabor.
Este ano já não dará para ser no dia de Carnaval, mas pró ano ainda é tempo.
Às pessoas da minha idade não necessitarei de as mobilizar para estas tarefas que eram tão correntes noutro tempo e que podem parecer absurdas hoje, mas eu continuo a achar que é melhor mantermos o nosso metabolismo devidamente equilibrado e deixarmo-nos desses venenos que os americanos e sus muchachos nos querem fazer consumir.
Sei que não é fácil cobrir a necessidade de comermos qualquer coisa diariamente mas por capricho ou por decisão fundamentada, façamos por consumirmos o que durante séculos nos consolou e ajudou a crescermos.
Bragança, 23 de fevereiro de 2024
A. O. dos Santos
(Bombadas)
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