Joaquim Conde conta que recebeu uma chamada de alguém que se fez passar por um inspetor da ASAE, que ameaçou fechar o restaurante caso não pagasse o valor em causa, que alegava ser referente a uma licença em falta. “Ligaram-me a dizer que me faltava uma licença que teria de pagar. Para isso mandaram os dados de pagamento por multibanco. A pessoa em causa disse-me que com o restaurante cheio iria ser abordado pela ASAE, que mandaria os clientes todos para a rua e fecharia o restaurante. Com receio que alguma coisa acontecesse acabei por pagar.
Diziam que tinham um mandado e que tinham recebido uma denúncia de um vizinho.
Eu achei estranho mas paguei para ficar tudo regularizado. Só depois me apercebi da asneira que tinha feito.
Eu até tenho a licença em causa”.
Só depois de ter efetuado o pagamento, através de uma entidade e referência que o burlão lhe facultou, é que o proprietário se apercebeu que se tratava de uma burla e dirigiu-se de imediato à GNR. “O que me levou a desconfiar foi que normalmente a ASAE não intervém assim nos restaurantes, tem de fazer uma visita primeiro, e também o facto de eu ter começado a pensar no que a pessoa disse, que restaurante estava cheio, que iriam entrar aqui para inspecionar e, para isso, teriam de colocar os clientes todos na rua.
Dirigi-me à GNR, que me pediu a referência multibanco através da qual fiz o pagamento e disseram logo que era uma referência de burlões. Comentaram também que poderia ser alguém que estivesse do lado de fora do restaurante a ver para saber o movimento que cá estava dentro.
Entretanto fui ao banco e acho que já não há nada a fazer.
A GNR diz que vai ajudar naquilo que for preciso e que às vezes os apanham, mas que não se pode fazer nada quanto à devolução do dinheiro”.
O restaurante abriu portas há cerca duas semanas e é explorado por um casal que durante vários anos trabalhou no mesmo ramo, mas em Lisboa.
E esta foi a primeira vez que se depararam com uma situação destas. “Nunca nos aconteceu nada assim.
Fomos abordados pela ASAE uma vez mas o normal.
Eu no pânico de atender os clientes e me livrar da situação, acabei por fazer a asneira que fiz”.
Um caso de burla num restaurante em Macedo de Cavaleiros, em que os burlões se fizeram passar pela ASAE e lesaram os proprietários em mais de 3000 euros.
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