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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 1 de junho de 2024

Coutos de Paradela, Crasto e Mazarefes. Auto de doação, do ano 985

 O documento do mês dá enfâse a um pergaminho do Arquivo Privado, de família, do fundo casa “São Payo” – Apelido de origem Portuguesa, tomado da vila de São Paio, conhecida documentalmente desde o ano de 1288, figurando nas inquirições de D. Afonso III, depois chamada honra de São Paio, no antigo termo de Vila Flor.


Outros historiadores defendem que a família é de origem Portuguesa mas descendentes da família Sottomaior da Galiza, outros ainda, apontam para a descendência dos Chacins, devido à posse da antiga vila de Frechas e de inúmeros foros em terras de Bragança, que talvez tivessem herdado dos Bragança.

O Arquivo de Família “Casa São Payo” é constituído por documentação acumulada por esta família aristocrática ao longo de 18 gerações, onde se destacam: documentos pessoais dos vários membros da família e de diversas famílias, diplomas, certidões paroquiais, cartas de nomeação em diferentes cargos, documentação epistolar para a história social do quotidiano, relação dos monarcas com os seus donatários, coleção de pergaminhos, comendas, livros de inventários de Cartório e forais. O Arquivo Casa São Payo reúne um conjunto de especificidades que o revestem de muito interesse. Desde logo a sua dimensão (44,50 m.l.,) e coerência. A amplitude da informação nele contida, séc. X – XX, abrangendo diversas personalidades, famílias e regiões do país, que extravasam em muito a espinha dorsal da família São Payo e a região de Trás-os-Montes de onde esta família era proveniente.

Foi no ano de 1988 que a família São Payo doou o seu acervo ao Arquivo Distrital de Bragança. Com esta oferta adquiriram os investigadores elementos preciosos para a sua análise e conhecimento. De sublinhar, que esta família, tinha a consciência da importância dos arquivos históricos privados para o estudo da história local, a afirmação da identidade regional, bem como da história nacional. Ao decidir colocar o Arquivo na região de onde a família procede, sublinha, de uma forma exemplar, o respeito pelos seus antepassados. De enaltecer o carisma da família São Payo na sua matriz sua ética que demonstra uma família onde a sua história está ligada de forma relevante à da região e à do país. A importância dos arquivos privados, são de interesse público e social, considerados como fontes relevantes para a história e o desenvolvimento científico nacional, numa apologia infindável à memória coletiva.

Fonte: Arquivo Ditrital de Bragança

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