Crise dos Refugiados esteve em reflexão em Bragança

O presidente da Cáritas do Líbano pede a intervenção da Europa para resolver a situação dos refugiados.

No encontro dos animadores sociopastorais para a migração, que se realizou em Bragança, o responsável da instituição no país que acolhe 1,5 milhões de refugiados, o que corresponde a um quarto da sua população, afirmou que “a capacidade de resposta do Líbano é cada vez menor” e por isso Paul Karam apela a que os vários organismos internacionais façam pressão para desbloquear este caso. 
A ajuda está para já a ser feita através de apoio monetário. Foi já entregue um donativo de 206 mil euros à Cáritas Líbano e ao Serviço Jesuíta aos Refugiados através do projecto português "Para a linha da Frente", resultado dos donativos dos portugueses. 
A directora da obra católica das migrações, Eugénia Quaresma, que integra a Plataforma de Apoio aos Refugiados, considera que é preocupante a demora da Europa em receber mais refugiados. 
A União Europeia comprometeu-se a recolocar 160 mil refugiados e ainda não recebeu 1000. Já o bispo da diocese de Bragança-Miranda adiantou que “Bragança está preparada para receber refugiados”. 
D José Cordeiro considera, no entanto ,que a Europa não está a cumprir a sua matriz humanista. 
O bispo de Lamego, D. António Couto, criticou também a desorganização e lentidão no processo de acolhimento a refugiados da Síria e médio oriente. 
A crise dos refugiados esteve em análise no décimo sexto encontro dos animadores sociopastorais para as migrações, que decorreu este fim-de-semana na diocese de Bragança-Miranda, e cujo tema foi “Misericórdia sem fronteiras”. 

Escrito por Brigantia