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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Diocese de Bragança-Miranda mantém procissões mas com formato diferente

O bispo da diocese de Bragança-Miranda disse, esta quinta-feira, que as tradicionais festas religiosas de verão vão realizar-se no Nordeste Transmontano, assim como casamentos, batizados e comunhões com o "bom senso" exigido.
Foto: Rui Manuel Ferreira / Global Imagens
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes decidiu, a 13 de maio e até 30 de setembro, cancelar todos os eventos, incluindo festas religiosas, nos nove concelhos da área de abrangência, que são a maioria dos 12 do distrito de Bragança, que corresponde ao território da diocese.

O bispo D. José Cordeiro garantiu hoje à agência Lusa que as festas religiosas vão realizar-se, nomeadamente as procissões, mas adaptadas à realidade atual, de forma a que a segurança esteja salvaguardada. "A festa cristã celebra-se, a eucaristia da festa celebra-se, portanto nós não cancelamos festas, agora cancelamos é o modo de as fazer como até agora vínhamos fazendo", vincou.

O verão é uma época peculiar de festas e romarias no Nordeste Transmontano, desde as aldeias aos meios mais urbanos, com celebrações dos santos padroeiros. As medidas de contenção da pandemia de covid-19 impedem os ajuntamentos típicos destes momentos, que o bispo defende ser possível continuar a realizar sem pôr em causa a saúde pública.

"Havemos de encontrar as formas criativas e segundo aquela regra geral que é o mais importante, que é o bom senso, que tem de estar presente em todos os atos responsáveis que iremos fazer", sustentou.

Já na primeira semana de junho, a diocese vai avaliar esta questão das festas cristãs, incluindo as procissões, nas reuniões dos quatro arciprestados, nas quais o bispo também estará presente. "Nós temos é que encontrar alguma criatividade para as fazer, uma maneira que cuide da saúde pública, que as pessoas, por exemplo, fiquem às janelas ou às varandas e passe um carro com a imagem e que haja um momento de recolhimento e de oração porque não é uma questão de mera tradição, de decoração ou de folclore, mas é uma questão de fé", apontou.

José Cordeiro acredita que, "com inteligência, no diálogo com as autoridades sanitárias, com as autoridades de segurança é possível encontrar formas criativas, salvaguardando todas as medidas de segurança" e atendendo à realidade do território do Nordeste Transmontano.

"Nós não podemos perder aquilo que dá sentido à nossa vida e nas nossas aldeias é vital, é decisivo que isso aconteça, agora não pode acontecer é como acontecia no ano passado ou como acontecia há uns meses atrás, exige muito de nós, vai dar muito que fazer", reiterou.

O prelado sublinhou que as situações serão analisadas "caso a caso" e que terá "sempre de haver autorização da Cúria Diocesana e, nalguns casos, mesmo do próprio bispo".

"Vai ser a normalidade possível, não vai ser a anterior ao dia 13 de março, quando suspenderam as celebrações litúrgicas comunitárias", ressalvou.

Nada se deixará de fazer pelo medo e muito menos por causa do pânico

Da mesma forma, o bispo de Bragança-Miranda destaca que "os sacramentos não estão suspensos" e que continuarão a realizar-se casamentos, batizados e comunhões, indicando que ele próprio irá fazer algumas destas celebrações.

"Está a ser tudo ponderado, avaliado, inclusivamente os crismas, aquelas comunidades onde são pouco, cinco ou 10, que tenho alguns casos, iremos fazer, outros, estamos a adiar para setembro e outras coisas estão a ser avaliadas uma por uma, mas não é dizer: não se faz, não se celebra", acrescentou.

Segundo disse, nalgumas paróquias, alguns padres estão a ponderar "fazer à medida que as coisas estão preparadas, podem ser duas ou três crianças, quatro ou cinco, também mediante a capacidade do lugar onde se celebra, na igreja ou em missas campais com a devida autorização". "Nada se deixará de fazer pelo medo e muito menos por causa do pânico", declarou.

Para o bispo de Bragança-Miranda, "a Igreja tem de viver da presença efetiva e afetiva, não basta a transmissão por qualquer meio de comunicação social" e acredita que "as pessoas estão sensibilizadas para as normas sanitárias", nomeadamente a contenção de gestos.

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