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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Quercus apresenta projeto de recuperação e proteção de mexilhão de água doce

O projeto da Quercus tem como "objetivo final inverter o processo de declínio continuado e acentuado das suas populações e proteger e/ou recuperar os núcleos históricos" do mexilhão de rio.
Catarina Lima/LUSA
A associação ambientalista Quercus chamou esta sexta-feira a atenção para o declínio acentuado do mexilhão do rio em Portugal e apresenta um projeto que visa recuperar e proteger esta espécie ameaçada.

O projeto de recuperação e proteção da Margaritifera margaritífera teve início em 2018, mas só esta sexta-feira, Dia Internacional da Biodiversidade, a Quercus veio tornar público este trabalho que “intervém diretamente sobre uma espécie criticamente ameaçada a nível nacional e europeu”.

Em comunicado, a Quercus adianta que o projeto tem como “objetivo final inverter o processo de declínio continuado e acentuado das suas populações e proteger e/ou recuperar os núcleos históricos desta espécie, constituindo-se ainda como o plano de referência orientador para os vários intervenientes no processo, nomeadamente a administração central”.

O projeto abrange a “avaliação da qualidade biológica e morfológica de rios de aptidão salmonícola, a avaliação da extensão, distribuição detalhada e estado de conservação atual das populações em Portugal”.

Durante o projeto é também feita a análise da vulnerabilidade dos rios de aptidão salmonícola às alterações climáticas e outros fatores de regressão das populações, medidas de requalificação dos habitats para a promoção deste bivalve; a reprodução do mexilhão-de-rio e da truta em Portugal e o desenvolvimento de novas metodologias de criação em cativeiro e monitorização de repovoamentos.

Como parte integrante e essencial para a disseminação deste projeto, estão programadas variadíssimas ações de sensibilização junto da população, com produção de material diverso de divulgação”, refere a Quercus.

A Quercus lembra que nas últimas décadas, os bivalves de água doce têm sofrido taxas de extinção ou declínio acentuadas, sendo os mexilhões de água doce e em particular a espécie Margaritifera margaritifera uma das mais ameaçadas em toda a Europa.

“Esta espécie habita principalmente rios de montanha, de águas frias, e atinge uma longevidade significativa. Possui um ciclo de vida complexo, com uma fase larvar parasítica e uma relação estritamente dependente da presença de peixes nativos hospedeiros da família Salmonidae”, destaca a associação.

Coordenado pela Quercus, e cofinanciado pelo POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos) e pelo Fundo Ambiental, o projeto “Recuperação e Proteção da Margaritifera margaritifera”, que se iniciou em julho de 2018, “encontra-se neste momento no pico do seu desenvolvimento”.

O investimento do projeto é repartido pela componente técnico-científica, pela requalificação de infraestruturas (Posto aquícola de Castrelos – Bragança) e pela comunicação e disseminação do mesmo.

A componente técnico-científica está assegurada pelo Consórcio MCG Margaritifera, composto pelo Instituto Politécnico de Bragança, Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa, ICETA/ CIBIO-InBio – Universidade do Porto, Universidade do Minho, Freshwater Lda, BIOTA Lda e Universidade de Aveiro.

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