Segundo os representantes destas três entidades, o Governo está a discriminar o setor da caça, ao proibir a sua prática nos 121 concelhos mais afetados pela Covid-19.
Em comunicado, afirmam que a prática cinegética devia fazer parte das exceções de circulação “por se tratar de uma atividade ao ar livre, envolver o exercício físico, ter um caráter sociocultural e incluir a prestação de serviços, exceções que constam da lista de deslocações autorizadas.”
Em causa está ainda “a viabilidade de milhares de organizações e empresas ligadas à caça e que desenvolvem a sua atividade em zonas rurais e em povoações do interior, bem como os restaurantes e as pequenas unidades hoteleiras das zonas rurais, que têm nos caçadores os clientes que lhes permitem manter a porta aberta nesta altura do ano.”
No mesmo comunicado, pode ler-se ainda que “a caça é uma atividade crucial para a manutenção dos equilíbrios populacionais de espécies problemáticas e que causam elevados prejuízos na agricultura, florestas e conservação da natureza, para além de problemas sanitários gravíssimos e acidentes rodoviários, por colisão com espécies cinegéticas. Por isso mesmo, um pouco por toda a Europa, a caça foi considerada como atividade essencial em tempo de pandemia, permitindo-se a sua prática.”
A caça gera, anualmente, receitas na ordem dos 450 milhões de euros, envolvendo mais de 240 mil caçadores registados.
A FENCAÇA, CNCP e ANPC afirmam recorrer a todos os meios legais para que o Governo autorize a atividade da caça, sendo incompreensível que um cidadão se possa deslocar a espaços fechados, como restaurantes, salas de espetáculos e realizar atividades desportivas, mas não haja autorização para que os caçadores se possam deslocar e praticar a sua atividade em espaços abertos e amplos, com maior afastamento social e sem risco de contágio.
O comunicado termina afirmando que “Enquanto a ordem for de que o País não pode parar, então a caça também não pode parar!”
Leia AQUI o comunicado na íntegra.
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