Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Está quase… não desistas…
Não chores… e resiste à sombra cinzenta da saudade
O Verão não tarda. E logo regressas ao aconchego do abraço… à emoção do beijo.
- Meu filho quanto me tardaste!
Hão de dizer os mais idosos lavados em lágrimas como se as ausências fossem tantas, em comparação com a brevidade das chegadas.
De novo as praças e as ruas se vão animar com milhares de mulheres, homens e crianças que falam todas as línguas..
A igreja vai ficar cheia de devotos que se preparam para a procissão e para levar o pálio.
Nos cafés a cerveja será fresca e as valentias dos portugueses, por esse mundo de Cristo, vão-se ampliar até ao infinito.
O silêncio das cidades, vilas e aldeias vai sucumbir no fulgor, do “meu querido mês de Agosto”
Não desistas… é quase agosto… tempo das segadas e das malhas… de bailes, de rapazes e raparigas…. de abraços e beijos. De idosos que descansam os olhos no fascínio das bailarinas que animam o arraial
As andorinhas vão continuar a perseguir o infinito no risco mais que perfeito da asa.
As águas do ribeiro continuarão a passar debaixo da ponte, mais limpas e azuis do que nunca … e vai haver agriões e rãs a namorar
No dia de São Lourenço e da Senhora das Graças iremos todos à missa… e choramos no arrepio do Sermão… e cumprimos as promessas feitas a São Roque… nosso vizinho que nos livrou dos males da fome e da peste…
… não desistas… vamos resistir no orgulho dos nossos avós que antes preferiam quebrar do que torcer.
… não desistas… fica em casa… logo logo será agosto!
Não chores… e resiste à sombra cinzenta da saudade
O Verão não tarda. E logo regressas ao aconchego do abraço… à emoção do beijo.
- Meu filho quanto me tardaste!
Hão de dizer os mais idosos lavados em lágrimas como se as ausências fossem tantas, em comparação com a brevidade das chegadas.
De novo as praças e as ruas se vão animar com milhares de mulheres, homens e crianças que falam todas as línguas..
A igreja vai ficar cheia de devotos que se preparam para a procissão e para levar o pálio.
Nos cafés a cerveja será fresca e as valentias dos portugueses, por esse mundo de Cristo, vão-se ampliar até ao infinito.
O silêncio das cidades, vilas e aldeias vai sucumbir no fulgor, do “meu querido mês de Agosto”
Não desistas… é quase agosto… tempo das segadas e das malhas… de bailes, de rapazes e raparigas…. de abraços e beijos. De idosos que descansam os olhos no fascínio das bailarinas que animam o arraial
As andorinhas vão continuar a perseguir o infinito no risco mais que perfeito da asa.
As águas do ribeiro continuarão a passar debaixo da ponte, mais limpas e azuis do que nunca … e vai haver agriões e rãs a namorar
No dia de São Lourenço e da Senhora das Graças iremos todos à missa… e choramos no arrepio do Sermão… e cumprimos as promessas feitas a São Roque… nosso vizinho que nos livrou dos males da fome e da peste…
… não desistas… vamos resistir no orgulho dos nossos avós que antes preferiam quebrar do que torcer.
… não desistas… fica em casa… logo logo será agosto!
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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