Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Diz Cervantes, que D. Quixote: “ Do pouco dormir e de muito ler se secou o cérebro, de maneira que chegou a perder o juízo.”
Ler muito, nunca foi nefasto, pelo contrário, desde que se saiba escolher na “floresta” do livreiro, as obras que não sejam prejudiciais, para a boa formação moral de cada um.
Já dizia Ramalho, “ Em Paris”: “ Estou cercado (de) livros publicados em Paris durante o corrente ano, e não encontro um só (…) que satisfaça aquele singelo preceito de moral que consiste em permitir uma mãe que o leia sua filha.”
Recordo que conversando com Dona Emília Eça de Queirós – neta do romancista, – confidenciou-me como a mana fora surpreendida pela sogra, quando a encontrou enfiada na biblioteca da casa, lendo obras do pai.
Indignada, virando-se asperamente para a nora, ralhou-lhe deste modo:
- “ Menina decente não deve ler livros desses! …” – Exclamou escandalizada a velha fidalga.
As obras de Eça, não eram indicadas para a jovem casada, segundo o parecer da ilustre Senhora; o que dizer do estendal, que agora os livreiros ostentam nos escaparates das nossas livrarias?
Há o propósito de muitos autores, serem tão realistas, que parece não serem capazes de descrever cena vulgar, sem a chafurdar em lama asquerosa e conspurcada.
A propósito de “realismo” Teófilo Gautier disse a sua filha – a que casou com Catulo Mendès, – antes de morrer, para não ler o livro que tinha escrito, na juventude: “ Mademoiselle de Maupin”, que Eça conhecia, porque o cita no: “O Mandarim”.
Tenho carta de escritora, que diz: seu último romance foi-lhe devolvido pelo editor com a indicação de o “apimentar”, para fácil venda.
Cabe ao educador a difícil tarefa de orientar a leitura, os canais de TV e a Internet. Missão quase impossível, porque os jovens e as crianças têm acesso fácil, e a curiosidade e impulsos naturais, leva-os a procurar o proibido.
Como a autoridade, em nome da liberdade, não quer, nem pode controlar a mass-media, as nossas crianças correm perigo iminente, que só o freio da religião, e o cuidado dos progenitores, as podem livrar.
O desregramento moral, avança, quer publicando-se livros reprováveis, quer transmitindo, até no horário nobre, novelas e imagens lascivas e corruptíveis, quiçá no malévolo intento de corromper e degradar a sociedade, levando-a a praticas asquerosas e relaxações.
Ler muito, nunca foi nefasto, pelo contrário, desde que se saiba escolher na “floresta” do livreiro, as obras que não sejam prejudiciais, para a boa formação moral de cada um.
Já dizia Ramalho, “ Em Paris”: “ Estou cercado (de) livros publicados em Paris durante o corrente ano, e não encontro um só (…) que satisfaça aquele singelo preceito de moral que consiste em permitir uma mãe que o leia sua filha.”
Recordo que conversando com Dona Emília Eça de Queirós – neta do romancista, – confidenciou-me como a mana fora surpreendida pela sogra, quando a encontrou enfiada na biblioteca da casa, lendo obras do pai.
Indignada, virando-se asperamente para a nora, ralhou-lhe deste modo:
- “ Menina decente não deve ler livros desses! …” – Exclamou escandalizada a velha fidalga.
As obras de Eça, não eram indicadas para a jovem casada, segundo o parecer da ilustre Senhora; o que dizer do estendal, que agora os livreiros ostentam nos escaparates das nossas livrarias?
Há o propósito de muitos autores, serem tão realistas, que parece não serem capazes de descrever cena vulgar, sem a chafurdar em lama asquerosa e conspurcada.
A propósito de “realismo” Teófilo Gautier disse a sua filha – a que casou com Catulo Mendès, – antes de morrer, para não ler o livro que tinha escrito, na juventude: “ Mademoiselle de Maupin”, que Eça conhecia, porque o cita no: “O Mandarim”.
Tenho carta de escritora, que diz: seu último romance foi-lhe devolvido pelo editor com a indicação de o “apimentar”, para fácil venda.
Cabe ao educador a difícil tarefa de orientar a leitura, os canais de TV e a Internet. Missão quase impossível, porque os jovens e as crianças têm acesso fácil, e a curiosidade e impulsos naturais, leva-os a procurar o proibido.
Como a autoridade, em nome da liberdade, não quer, nem pode controlar a mass-media, as nossas crianças correm perigo iminente, que só o freio da religião, e o cuidado dos progenitores, as podem livrar.
O desregramento moral, avança, quer publicando-se livros reprováveis, quer transmitindo, até no horário nobre, novelas e imagens lascivas e corruptíveis, quiçá no malévolo intento de corromper e degradar a sociedade, levando-a a praticas asquerosas e relaxações.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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