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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 15 de março de 2023

"ALMA DO AZEITE" PRETENDE PROJETAR IMAGEM DE MIRANDELA NO EXTERIOR

 PROJETO PREVÊ FORMAÇÃO SOBRE A FILEIRA DO OLIVAL E DO AZEITE NAS ESCOLAS, NA HOTELARIA, RESTAURAÇÃO E LOJAS DE PRODUTOS REGIONAIS. VAI SER CRIADA UMA CARTA DE AZEITES.


Projetar a imagem de um território tendo como ponto de partida o maior conhecimento vinculado à cultura da oliveira e do azeite, uma fileira que acaba por ser a base da economia do concelho de Mirandela e de toda a região.

É este o propósito do projeto “Alma do Azeite”, apresentado no passado domingo, e que junta o Município de Mirandela, APPITAD (Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro) e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

“É uma espécie de continuidade daquilo que foi o projeto Terra Olea num novo conceito, porque a base é projetar a imagem de um território, de um produto do território e de uma fileira que é a do olival e do azeite, promovendo e a imagem lá fora”, conta Francisco Pavão, presidente da APPITAD.  

Entre as várias atividades previstas, destaque para “ações de formação sobre a fileira do azeite direcionadas para os jovens estudantes, profissionais da hotelaria restauração e para os proprietários das lojas de produtos regionais”, revela aquele dirigente. 

Está ainda prevista a criação de uma carta de azeites, à semelhança do que já acontece com os vinhos. “Será avaliada por um painel de provadores devidamente habilitado, onde todos os produtores podem inscrever-se e se tiverem qualidade naturalmente que será inserido nessa carta até porque o que se pretende é a diversidade de um território único que é Mirandela, sustenta Francisco Pavão.

Para além disso, há ainda a aposta em outras vertentes ligadas ao turismo, à saúde e à cultura, mas sempre com a interligação ao azeite. “Tem de ser potenciado tanto para a componente estética, dermatológica, de saúde, e depois também vamos promover a paisagem da azeitona e da oliveira para concursos de fotografia, ma que podem evoluir para outros como de pintura ou escultura”, adianta Margarida Duque, técnica superior da divisão de Cultura, Turismo e Saúde do Município de Mirandela, acrescentando que o projeto está aberto para acolher contributos válidos da sociedade civil. “Queremos mesmo é que as pessoas nos façam chegar ideias e sugestões, porque essa ideia de que os projetos nascem e estão fechados, balizados, do meu ponto de vista não é o melhor”.

Margarida Duque acredita no sucesso do projeto. “Não é só dar formação por dar, temos de conseguir passar que isto é relevante e que pode fazer a diferença, por isso é que lhe chamamos alma, porque é uma coisa que vem de dentro para fora e que nos pode luminar e seguir em frente”, afirma.

Para já o projeto “Alma do Azeite” terá a duração de um ano sendo depois feito um balanço para aferir da possibilidade de ter continuidade. Não foi revelada a verba que envolve esta iniciativa.

Refira-se que a fileira do olival e do azeite constituem a base da economia local e regional, ocupando direta ou indiretamente, cerca de 90% da população do concelho de Mirandela.

A produção de azeitona no concelho atinge em média cerca de 4 mil toneladas e gera mais de 14 milhões de euros, o que representa aproximadamente 25% de toda a produção da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Segundo dados oficiais da Direção regional de Agricultura e Pescas do Norte, entre 2009 e 2019, no concelho de Mirandela, a área ocupada com olival aumentou 20% e o número de explorações também subiu de 3.661 para 4.102, revelando um nítido crescimento económico da olivicultura no concelho.

Artigo escrito por Fernando Pires
(jornalista)

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