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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Olhem bem para a agricultura, meninos da cidade

 E porque, por mais voltas que o mundo dê, acho difícil haver gastronomia sem alimentos, vale a pena refletir sobre como vai ser, e como vai ser vista, a nossa agricultura no futuro.


O cenário é optimista: a agricultura portuguesa trará mais alimentos, será mais tecnológica, continuará a ser verde, trará mais dinheiro ao país e falará um pouco melhor.

Assim esperemos e assim terá que ser. Em 2050, daqui a apenas três décadas, a população mundial vai crescer e será necessário produzir mais 60% de alimentos.

A tecnologia será chave. Com a agricultura de precisão estamos a deixar a produção por hectare e a passar a produzir por metro quadrado. Isto quer dizer que com georreferenciação, ligada à internet das coisas, os agricultores portugueses estão a regar, proteger e fertilizar de forma muito mais direcionada, conseguindo melhores produções em cada parcela de terra, com os mínimos inputs (produzir mais com menos).

E porque continuará a ser verde. Melhor dito, ainda mais verde. Metade da superfície agrícola utilizada tem pastagens permanentes, ambientalmente inquestionáveis, produzindo biodiversidade e sequestrando carbono.

A restante é ocupada por agricultura que, apesar de poder ser intensificável, também tem potencial para melhorias ambientais. Mais uma vez, com recurso à tecnologia os impactos no solo e no ar serão mais cirúrgicos e por isso mais verdes.

Produzir mais e ser benéfico ao ambiente são objetivos à partida contraditórios, mas conciliáveis no futuro. A chave da equação será a tecnologia. 

Porque trará mais dinheiro ao país? Mudanças estruturais, como o regadio do Alqueva, promovem novos produtos melhor remunerados pelo mercado, não só o azeite e as amêndoas, mas também as frutas e hortícolas, com um clima que nos coloca mais cedo nos mercados de exportação.

A inovação e o conhecimento, aqui, também trarão benefícios, permitindo aos produtores serem mais inovadores e conseguirem melhor preço. Com isso, virão mais divisas para o país.

E, finalmente, a agricultura portuguesa falará melhor. Agora não o faz bem, mas acredito que nos próximos tempos os agricultores vão comunicar mais, de uma forma mais moderna, através das redes sociais, com uma linguagem simples, mostrando o que fazem, aproximando-se da sociedade, naquilo que são hoje, e não o que eram no passado. Terão que o fazer, senão para o crescimento da agricultura, pelo menos para a sua sobrevivência.

Assim espero. E espero que alguns urbanos, que falam de cor, tenham tempo para ir ao terreno conhecê-la.

José Diogo Albuquerque

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