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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Aldeia de Alfaião - Caracterização

Localizada bem no “coração” do território concelhio, esta freguesia distará uma meia dúzia de quilómetros para sudeste da urbe brigantina, ligando-se a esta através da EN 217 (Bragança – Izeda - Mogadouro) e de um estreito caminho camarário (via S. Pedro de Serracenos ).
Este território paroquial apresenta uma topografia de cariz planáltico, oscilando as cotas de altitude entre os 500 e os 750 metros. O rio Sabor banha a metade oriental da freguesia, correndo de norte para sul em trecho particularmente tortuoso e acidentado. A despeito da sua condição periférica em relação ao núcleo urbano brigantino, esta freguesia tem visto a sua taxa demográfica em franco declínio desde os meados do século, altura em que registaria 331 habitantes.
As raízes do povoamento local hão-de, por seu turno e pelo mínimo, recuar à época castreja da Idade do Ferro, como adiantava já o articulista da “Grande Enciclopédia”, firmando em autores dos séculos XVIII e XIX. De facto, já nas “Memórias Paroquiais” de 1758 se alude a achados de objectos metálicos nos restos de um fortificado chamado “Castelo”. 
Volvido mais de um século, Pinto Leal voltaria a dar notícias do referido “Castelo”, que diz ser “dos Romanos” e onde teriam surgido “armas antigas”. O reduto defensivo castrejo teria ainda seu “fosso e contrafosso, abertos na rocha”, pelo flanco ocidental. Deixando entender a possível existência de um segundo local fortificado, este autor oitocentista acrescentava ainda que “no cume do monte também houve um Castelo antiquíssimo, e ainda se vê ao sul uma estacada de lousas feita ao uso antigo”. O Abade de Baçal e , na sua esteira, alguns outros investidores mais recentes (Neto, Esparza e A.C.F. Silva) confirmariam por seu turno a existência de dois diferentes povoados castrejos em Alfaião, localizando-se um deles no chamado “Castelo das Freiras” e o outro no “Alto da Veiga” ou “Vale de Castro”.
Quanto à génese da freguesia propriamente dita, pouco se saberá de concreto, pois que os
primeiros documentos a referi-la serão já algo tardios, respeitando a meados do século XIII.
Reportamo-nos, num dos casos e muito concretamente ás ”Inquirições” de 1258, ordenados por D. Afonso III à “parrochia Sancti Martini de Alfayãa”, em “terra” de Bragança. Baseado no texto deste inquérito medieval, o articulista da “Grande Enciclopédia” atreve-se a supor que “o repovoamento de Alfaião se fizera alguns decénios antes, talvez sob o domínio de D. Sancho I” e que “os paroquianos deviam ter sido os fundadores, integrando-se nos trabalhos paralelos aos da fundação de Bragança naquela época”. 
Após a criação do bispado de Miranda do Douro, o padroado desta igreja de S. Martinho de Alfaião irá surgir, durante algum tempo, na alçada do cabido daquela diocese, regressando posteriormente a Bragança. Entre o património edificado local de cariz religioso conta-se, para além da Igreja Matriz, as Capelas de S. Sebastião e de N. Sra. da Veiga.

in:cm-braganca.pt

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