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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mestres ensinaram tradição dos escrinhos na Aldeia Pedagógica de Vilar Seco

Nas Aldeias Pedagógicas os Mestres ensinam as suas artes e perpetuam a tradição. 
O conhecimento salta das mãos dos mais antigos e chega às novas gerações. São eles, os Mestres, que tornam possível esta passagem de sabedoria, a dita herança cultural.

No passado sábado, dia 01 de Setembro, os Mestres foram a bússola dos visitantes numa viagem pelos escrinhos, uma tradição ancestral da Aldeia Pedagógica de Vilar Seco. Um grupo de participantes passou uma manhã diferente guiado pelas mãos do Mestre Aníbal Delgado e da Mestre Rosa do Nascimento.


Os aprendizes ficaram a saber que os escrinhos são feitos com silvas e palha de centeio. O dia na Aldeia Pedagógica de Vilar Seco começou com a saída de campo para recolha das silvas, que serviram para dar os primeiros passos. Os Mestres explicaram a um grupo bastante atento e entusiasta o processo de apanha das silvas, a altura do ano e lua em que devem ser apanhadas e quais as silvas que podem ser apanhadas. Os passos seguintes foram retirar os picos das silvas, rachá-las em 4 partes, retirar o miolo e fazer rolos para serem fervidos numa caldeira. Com a ajuda dos Mestres escrinheiros os participantes prepararam o material e meteram as mãos na palha e na silva, dando início à confeção dos escrinhos. 

O objetivo desta iniciativa é manter vivas as tradições locais e os antigos saberes dos Mestres, conservando e divulgando o património histórico e cultural da região, promover a valorização social e combater o estigma de que quem faz artesanato está a um nível inferior, para assim atrair novos praticantes. Os próximos passos passam pela criação e registo de uma marca que certifique a origem das peças produzidas na Aldeia Pedagógica de Vilar Seco, a inscrição do Escrinho no inventário Nacional do Património Imaterial e a participação em feiras e exposições. Os escrinhos são cestos feitos com palha de centeio e casca de silvas usados antigamente para colocar a farinha ou o trigo, sendo na atualidade usados como adorno. Outrora era um trabalho só de homens e, com o avançar dos tempos, passou também a ser feito por mulheres. 


No final do workshop todos ficaram com vontade de mais e a Azimute promete a realização de novos Workshops no futuro. 

O “Aldeias Pedagógicas” valoriza os saberes, os ofícios, experiência de vida dos idosos e a sua ligação ao mundo rural tornando-os nos “Mestres” das aldeias: são os idosos que melhor guardam os saberes de outrora e são também eles que melhor os sabem transmitir. 


O projeto Aldeias Pedagógicas faz parte de uma candidatura aprovada pelo instrumento de financiamento Parcerias para o Impacto, gerido pela Portugal Inovação Social – sendo cofinanciado pelo PO ISE - Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, Portugal 2020 e FSE - Fundo Social Europeu, Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Bragança e Câmara Municipal de Vimioso.

in:noticiasdonordeste.pt

1 comentário:

  1. Interessantes Workshops que não deixam morrer tradições!
    Bem gostaria de fazer parte dee um próximo!

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